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Um superintendente, um escrivão, três investigadores e quatro estagiários estão atendendo na delegacia

Depois de ficar fechada na terça-feira (17), a Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, atende normalmente nesta quarta-feira (18), afirma a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). O expediente deixou de ser feito na terça depois que foram presos dez policiais civis da delegacia, entre eles a delegada titular, Márcia Rejane Vieira Marcondes, e o superintendente, José Antônio Braga. Um cartaz na entrada orientava o público a procurar a Delegacia de Colombo, no centro da cidade, para registrar boletins de ocorrência.

Ainda na terça-feira, em entrevista coletiva, o secretário de estado da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, afirmou que dois delegados recém-formados na Academia de Polícia Civil deveriam assumir a delegacia nesta quarta. "Além dos delegados, outros policiais que concluíram recentemente o curso de formação começarão a atuar amanhã (quarta-feira) no Alto Maracanã", afirmou.

Embora os novos policiais ainda não tenham sido designados até o fim desta manhã, o atendimento ao público está normalizado, segundo a Sesp. Enquanto a nova equipe não assume, quem responde pelo distrito policial é o delegado Hamilton da Paz, titular da Delegacia de Colombo.

Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, um superintendente, um escrivão, três investigadores, além de quatro estagiários trabalham desde as 8h30 no local para fazer o atendimento ao público e o registro de boletins de ocorrência.

A previsão da pasta é que a nova equipe assuma a Delegacia do Alto Maracanã ainda nesta quarta.

Policiais presos por extorsão

Dezesseis pessoas, entre elas dez policiais civis, foram presas na terça-feira (17), após investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) , do Ministério Público (MP), que apontou a existência de um esquema de extorsão na delegacia do Alto Maracanã.

De acordo com investigações do MP, a suposta quadrilha era formada pela delegada titular, Márcia Rejane Vieira Marcondes, pelo superintendente José Antônio Braga, escrivães, investigadores, advogados e até por um funcionário da prefeitura de Colombo. O esquema começava com os policiais da unidade que identificavam criminosos, na maioria das vezes traficantes de drogas, e os levavam até a delegacia.

A partir daí, o acusado era mantido preso ilegalmente, enquanto entravam em cena os escrivães e o superintendente. De acordo com a Sesp, os agentes se valiam de todo o aparato estatal e dos cargos que ocupavam para viabilizar as prisões e em seguida praticar a extorsão. Os advogados que integravam o grupo eram os responsáveis por fazer a ponte o preso e os familiares, exigindo valores entre R$ 2 mil e R$ 50 mil para libertá-los.

O MP apurou que os valores eram repassados à delegacia e posteriormente era dividido entre o grupo. Na investigação consta que a quadrilha se ocupava diariamente com prisões de pessoas com a única finalidade de extorqui-las.

Os envolvidos foram investigados por oito meses. Os presos são acusados concussão (extorsão praticada por funcionário público), corrupção passiva e formação de quadrilha. A polícia ainda procura quatro pessoas que estão foragidas, um agente da delegacia e três integrantes da quadrilha.

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