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Estrada de terra foi reaberta em maio deste ano para passagem de reatores petroquímicos da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) | Arthur Conceição / Divulgação
Estrada de terra foi reaberta em maio deste ano para passagem de reatores petroquímicos da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar)| Foto: Arthur Conceição / Divulgação

Deslizamentos de terra voltaram a ser registrados próximo ao Viaduto dos Padres, na altura do quilômetro 42 da BR-277 entre Paranaguá e Curitiba. A informação é do jornalista Arthur Conceição, que desde maio deste ano denuncia a reabertura supostamente irregular de uma estrada de terra ao lado da rodovia para a passagem de caminhões que transportavam cinco reatores petroquímicos, utilizados na obra de ampliação da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária. A preocupação é que os deslizamentos possam atingir a estrutura do próprio viaduto e as comunidades de agricultores de Morretes, que moram próximo ao Rio dos Padres, que passa embaixo do viaduto.

Segundo Conceição, houve nova queda de terra e pedras recentemente próximo do rio e, segundo ele, os deslizamentos acontecem em decorrência da abertura da estrada de terra. A área pertence à Mata Atlântica e está próxima do Parque Estadual do Pau Oco, uma reserva ambiental. Ele cobra do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) ações de recuperação da vegetação, já que o órgão autorizou a reabertura do local.

O caso foi levado ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Ministério Público Estadual de Morretes. Este último, através do promotor Almir Carreiro Jorge dos Santos, abriu um procedimento administrativo em julho para averiguar a situação. "O problema é que o Ministério Público não faz nada", desabafou Conceição.

O IAP informou, através da assessoria de imprensa, que uma equipe irá fazer uma vistoria na próxima segunda-feira (12) para verificar as condições do local.

A Ecovia, concessionária que administra a BR-277, também falou através da assessoria e disse que monitora regularmente os morros e encostas próximos a rodovia e não identificou problemas na região que possam comprometer a segurança do viaduto.

O promotor de Morretes Almir Carreiro Jorge dos Santos foi procurado, mas até as 18h30 desta sexta-feira (9) não havia retornado ao pedido de entrevista.

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