A Operação Tormenta - investigação da Polícia Federal sobre fraudes em concursos públicos e em exame de registro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - identificou 45 candidatos aprovados nos concursos mais recentes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que tiveram acesso antecipado ao caderno de questões.
Segundo a PF, há provas de que 12 beneficiados pela fraude foram nomeados e tomaram posse. Na Anac, de 36 envolvidos que receberam cópia das provas, 8 ocupam cargo de analista e 3 exercem função de técnico. Na Abin, ligada ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, ficou comprovado que 9 concursados receberam o caderno e passaram - um deles tomou posse como oficial de inteligência.
A PF informou que vai pedir à Justiça a prisão preventiva de todos os candidatos ligados diretamente à organização criminosa. Um dos 11 que já trabalham em repartições da Anac é irmã de um policial rodoviário federal preso como um dos principais alvos do inquérito.
A operação foi deflagrada em 16 de junho por ordem do juiz Herbert de Bruyn Junior, da 3.ª Vara Federal em Santos. A PF cumpriu 34 mandados de busca e apreensão na Grande São Paulo, Rio, Baixada Santista e região de Campinas. Foram presos 12 suspeitos, dos quais 6 continuam detidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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