Família de boxeador canadense morto no Brasil pede nova necrópsia

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A pedido da família, o corpo boxeador canadense Arturo Gatti foi exumado nesta sexta-feira (31) para passar por uma nova necrópsia no Canadá, informou o legista Gilles Ethier à agência de notícias Associated Press (AP) e ao jornal canadense "National Post". O procedimento deve ser realizado neste sábado (1º).

De acordo com a AP e o jornal canadense, a família de Gatti não acredita na versão de suicídio, tese defendida pela polícia do Recife com base no laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Pernambuco. A família estranha a polícia pernambucana inicialmente tratar o caso como homicídio, prender a mulher de Gatti, Amanda Rodrigues, de 23 anos, como suspeita, e depois soltar a jovem por concluir que o pugilista se enforcou.

O legista-chefe da parte oeste de Quebec, Gilles Ethier, afirmou que a família já contratou um patologista americano para auxiliar na nova necropsia. "Nitidamente, é necessário prosseguir a investigação", disse Ethier à AP. "Claro, é um pouco mais complexo para o patologista, já que o corpo foi embalsamado".

O ministro das Relações Exteriores do Canadá, Lawrence Cannon, disse que o governo "buscará mais informações sobre o inquérito junto às autoridades brasileiras", segundo o "National Post".

Viúva

A viúva do boxeador, Amanda Rodrigues, afirma que ainda não tem planos para o futuro. A jovem, que era considerada suspeita pela morte do marido, foi solta da Colônia Penal Feminina do Recife na tarde de quinta-feira (30), depois que a polícia concluiu que o atleta cometeu suicídio.Ela sempre negou o crime.

"Eu não sei fazer planos. Recomeçar minha vida vai ser muito difícil. Em todos os meus planos e sonhos o meu marido estava entre eles", disse Amanda, que agora quer apenas ficar perto do filho.

Morte

O boxeador canadense Gatti, de 37 anos, foi encontrado morto no dia 11 de julho, em um flat alugado em Porto de Galinhas, em Ipojuca (PE). Seu funeral ocorreu no dia 20.

Nascido na Itália, mas naturalizado canadense, Gatti foi campeão mundial dos superpena em 1995, segundo a Federação Internacional de Boxe, e dos superleve em 2004, segundo o Conselho Internacional de Boxe.