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Tânia Vicentini, mãe da estudante paranaense Carla Vicentini, desaparecida em 09 de fevereiro deste ano, embarca nesta quinta-feira à noite para os Estados Unidos atrás de notícias que esclareçam o paradeiro da filha. É uma viagem que nunca havia passado pela cabeça de Tânia, mesmo depois da notícia do desaparecimento de Carla. "Sei lá, nunca pensei nisso. A Carla que sempre quis ir para trabalhar, conseguir dinheiro e conquistar uma certa estabilidade aqui no Brasil", conta Tânia. "Mas eu nunca tive esse sonho", completa.

Antes avessa à possibilidade da viagem, Tânia mudou de idéia, arrumou as malas e resolveu deixar a família em Goioerê, Noroeste do Paraná, para ir atrás de informações.

Carla foi vista pela última vez em 09 de fevereiro deste ano, saindo do Adega's Bar na cidade de Newark, no estado americano de New Jersey, e desde então está sumida. Com a ajuda da empresa de intercâmbio World Study, responsável pela ida de Carla para os EUA e que está custeando a passagem, Tânia resolveu "descruzar os braços e correr atrás de informações sobre o sumiço da filha".

Tânia vai em busca da verdade sobre o que aconteceu. "Vou com os meus pés no chão. Não estou indo para encontrar minha filha, claro que se isso acontecer será maravilhoso, mas o meu objetivo é buscar a verdade sobre o que e por que aconteceu isso com a Carla, e procurar saber onde a minha filha está", contou Tânia.

Sem dominar perfeitamente o inglês, Tânia espera encontrar numa antiga amiga que está morando nos Estados Unidos o apoio necessário para buscar informações sobre a filha. Outra importante ajuda virá do amigo pessoal e relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Emigração Ilegal, o deputado federal Hermes Parcianello (PMDB-PR).

Representando a comissão, o parlamentar embarca na noite desta quarta-feira para o Estados Unidos com o objetivo de se interar dos detalhes da investigação sobre o desaparecimento da Carla. Na agenda do deputado, e conseqüentemente de Tânia, estão encontros com a polícia de Newark, uma reunião com o Consulado do Brasil em New York, afim de que seja contratado um advogado para cuidar do caso, uma audiência com o FBI, a polícia federal americana, e uma reconstituição da noite em que Carla desapareceu.

"Visitas ao Adega's e ao Mediterrâneo, locais que Carla trabalhava, também estão nos nossos planos. A idéia é conversar com os donos destes bares e com as pessoas que conheciam a Carla", explica Parcianello. "Acredito que a nossa principal missão será colher dados da polícia de Newark e do FBI sobre a investigação para que possa nos ajudar em futuros depoimentos sobre este caso na CPMI", define.

Viagem curta

A viagem de Tânia e do parlamentar deve ser curta, porém bastante proveitosa. "Estamos pensando em retornar no domingo, mas nesses dias concentraremos as forças para coletar todas as informações possíveis sobre a investigação que está sendo feita", conta Parcianello.

Para Tânia, chegou o momento de descruzar os braços e ir atrás de informações que leve ao paradeiro de Carla. "Já são mais de três meses. Não posso mais ficar esperando notícias por telefone", desabafa. Na bagagem, Tânia e o deputado levam a esperança de conseguir informações relevantes que ajudem a solucionar o caso.

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