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Maurício Souza durante partida da seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Maurício Souza durante partida da seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio.| Foto: Miriam Jeske/COB

O campeão olímpico de vôlei Maurício Souza afirmou, nesta sexta-feira (29), que não se abalou com a demissão do time em que jogava, o Minas Tênis Clube, e os ataques sofridos por causa de suas postagens em redes sociais sobre a militância LGBT. Ele concedeu uma entrevista ao canal do YouTube “Pilhado”, do jornalista esportivo Thiago Asmar.

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“Minha cabeça é muito forte, muito boa, graças a Deus. Dormi tranquilo. Nem uma final olímpica com aquele Maracanãzinho lotado me afetou. Imagina que uma ‘lacrosferazinha’ vai me abalar. Jamais. Fiquei firme, sossegado, sabendo que Deus tem coisa melhor pra mim”, disse.

Ele também falou que se sente tranquilo quanto à demissão, e que sua única preocupação é sobre como sua família lida com a situação. “Eu sei que time, para mim, não vai faltar. O que me incomoda e me incomodou é a minha família, meu bem maior, que é minha família. Isso aí me arrebentou. Mas eu fiquei tranquilo, fiquei sereno.”

Souza disse ainda que algumas equipes de vôlei já se mostraram interessadas em contratá-lo e que seu empresário já está em negociação com alguns dirigentes, discutindo questões salariais. “Graças a Deus, não está faltando trabalho para mim, não. A galera pode ficar sossegada que, daqui a alguns dias, eu estou em outra equipe.”

Sobre seu futuro na seleção brasileira, o jogador afirmou que não esperava que o treinador Renan Dal Zotto fosse barrá-lo por causa da polêmica, mas tentou justificar a situação. “Não esperava, não. Mas é complicado. Ele se encontrou numa sinuca de bico. Essa galera não prejudica somente um atleta. Ela faz com que o atleta, ou a pessoa, o trabalhador, perca totalmente a estrutura dele. É no clube, é na seleção, é na vida particular, nos negócios… Os caras querem te deixar no zero. A vontade e a alegria deles é isso. E eu sei a pressão que talvez ele estivesse sentindo naquele momento, aquela onda de negatividade em cima dele, e talvez por isso ele tenha falado o que falou.”

O jogador teve um aumento repentino no número de seguidores seus no Instagram desde o início da polêmica, de pouco mais de 200 mil para mais de 2 milhões. Sobre como se comportará a partir de agora nas redes sociais, ele afirma que continuará expressando suas opiniões, mas sem exagerar na militância. “Eu não vou ser aquele cara militante, não. Não é meu jeito de ser. Mas eu vou continuar defendendo o que eu acredito, e postando, goste quem gostar”, disse.

A entrevista com Maurício Souza já tinha mais de 300 mil visualizações no YouTube na manhã deste domingo (31).

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