A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) lançou, na última sexta-feira (22), o edital para a contratação da empresa que fará a primeira fase das obras da Barragem do Miringuava, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O reservatório, com capacidade estimada para 38 bilhões de litros de água, vai ocupar uma área de 431 hectares – 950 hectares se consideradas as áreas de preservação permanente no entorno da represa. A obra deve ficar pronta em meados de 2017.
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Essa primeira fase vai contemplar somente a construção do maciço da barragem, ao custo de até R$ 37 milhões, segundo a Sanepar. A crista da barragem deve ter 306 metros de comprimento e 26 metros de altura.
Ainda de acordo com a Sanepar, o reservatório do Miringuava deve garantir o abastecimento da região metropolitana pelos próximos 15 anos, garantindo a demanda do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba (SAIC) e conforme previsto no Plano Diretor de fornecimento de água para a capital paranaense até 2040.
Atualmente, o Rio Miringuava já é usado para abastecimento. Porém, a captação é feita no sistema chamado “fio d’água”, ou seja, um volume de cerca de 900 litros por segundo é retirado diretamente do rio. Com a barragem, esse volume captado deve aumentar para cerca de 2 mil litros por segundo, garantindo uma vazão maior e constante, mesmo nos períodos de estiagem.
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Até 2040, Sanepar vai buscar água de quatro novos pontos na Grande Curitiba. Barragem do Miringuava é aposta para aliviar a demanda. Leia matéria completa.
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Região não corre risco, segundo a Sanepar, de enfrentar falta de abastecimento semelhante à registrada em São Paulo. Leia matéria completa.
Desapropriações
Os trâmites com desapropriação de terras e licenças ambientais atrasou o início das obras, previstas anteriormente para começar ainda no ano passado. Uma área do tamanho de três parques Barigui deverá ser alagada, a cerca de 30 quilômetros do centro de Curitiba. A barragem deve demorar até dois anos para encher completamente.
Para garantir a qualidade da água, um programa de pagamento por serviços ambientais (PSA) deve contemplar agricultores familiares que vivem e cultivam em regiões próximas ao reservatório.
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