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A auxiliar de cozinha Tânia Cristine Marçal, 20 anos, solteira, não se conforma com a perda da filha (a primeira). Grávida de nove meses, ela procurou a maternidade do Hospital Victor Ferreira do Amaral no dia 5 de fevereiro deste ano, com a bolsa d’ água rompida. O bebê morreu no seu ventre, enquanto ela aguardava o chamado "trabalho de parto" – dilatação e contrações.

"O parto estava marcado para segunda-feira (5), mas a bolsa estourou no domingo à noite. Fui na segunda de manhã consultar. Só fui internada à tarde. Não teve atendimento de emergência", afirmou. Ela disse ainda que foi examinada por uma médica, que não teria tomado as providências para o parto porque ela não tinha dilatação. "Só fizeram a cesária na terça-feira. O bebê ainda se mexia na segunda-feira, num exame", lembrou a mãe.

Tânia diz que, 15 dias antes, a esposa de um colega de trabalho perdeu o bebê em circunstâncias parecidas. Renata Fernandes dos Santos, 20 anos, perdeu a segunda filha no dia 19 de janeiro. "Pedi pelo amor de Deus para fazer a cesária e não fui atendida", disse. Ela relatou que esteve três dias antes no hospital, com dores, mas teve de voltar para casa.

Segundo o Serviço de Vigilância Epidemiológica de Curitiba, todas as mortes fetais são investigadas (abortos e natimortos). O número de natimortos caiu consideravelmente na capital nos últimos anos, de 372, em 1996 (coeficiente por mil nascidos de 12,73), para 174, em 2006 (coeficiente por mil nascidos de 7,01). (JNB)

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