Prazo para matrícula no Prouni termina nesta sexta-feira
Os estudantes selecionados para o segundo semestre de 2010 pelo Programa Universidade Para Todos (Prouni) devem realizar a matrícula na instituição particular em que foram aprovados até a próxima sexta-feira (2). Para isso, basta apresentar os documentos necessários (veja no site do ProUni).
Segundo o Ministério da Educação, 52.419 candidatos dos 232.726 inscritos entre 15 e 19 de julho foram selecionados pelo programa, 37.039 para bolsas integrais e 15.380 para bolsas parciais. O Paraná é o sexto estado em número de aprovados, com 3.127 estudantes selecionados.
Se ao fim do prazo ainda restarem bolsas, o MEC fará até cinco chamadas para convocar novos estudantes, nos dias 7 de julho, 21 de julho, 29 de julho, 5 de agosto e 12 de agosto.
Para ter a bolsa integral do Prouni, é preciso ter cursado Ensino Médio em escola pública, ter sido bolsista integral em escola particular e comprovar renda mensal de um salário e meio por pessoa na família, ou R$ 750.
Para saber se foi aprovado no Prouni, o candidato deve acessar a página do programa, informar o número da inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF).
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O Ministério da Educação (MEC) desvinculou a Faculdade Ingá (Uningá), envolvida em um escândalo de concessão de bolsas de estudo a alunas ricas, do Programa Universidade para Todos (Prouni). A decisão, tomada pela Secretaria de Educação Superior do MEC, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira (28).
De acordo com a assessoria de imprensa do MEC, nenhum aluno poderá receber bolsas de estudo na instituição a partir de agora. No entanto, os atuais 240 bolsistas poderão concluir os respectivos cursos normalmente. A Uningá tem prazo de dez dias para recorrer da decisão.
A medida é resultado do processo administrativo que o MEC abriu para apurar a concessão das bolsas, denunciada pelo Fantástico, em reportagem exibida no dia 2 de maio. A matéria mostrava que três alunas de classe alta, com carro e casa com piscina, eram beneficiadas pelo Prouni desde 2008.
As informações levantadas pelo MEC serão repassadas ao Ministério Público Federal e à Advocacia Geral da União, que decidirão sobre o ressarcimento do dinheiro das bolsas irregulares e responsabilização dos envolvidos.
Outro lado
O JM entrou em contato com a Uningá e foi informado de que o diretor administrativo, Paulo Barbosa, responsável por comentar o assunto, estava em reunião.
Entenda o caso
A matéria do Fantástico denunciou que três universitárias de classe alta de Maringá recebiam bolsas do Prouni desde 2008. Com a suspeita de irregularidade, o MEC instaurou um processo administrativo para apurar o caso, que culminou na desvinculação da faculdade. Segundo a reportagem, Belisa Stival, Camila Colombari Medeiros e Milena Lacerda Colombari deixaram de pagar, juntas, quase R$ 300 mil em mensalidades - cada aluno de medicina da Uningá paga R$ 3,2 mil por mês.
As alunas tinham, ainda, outro benefício: a chamada bolsa permanência. É uma espécie de mesada, de R$ 300 por mês. O dinheiro vai para a conta de alunos com bolsa integral de cursos que tenham seis horas ou mais de aulas por dia.
Elas tinham relações com a diretoria da Uningá. Belisa é filha de Ney Stival, o diretor de ensino da Uningá. Camila é filha de Vânea Colombari, coordenadora de cursos profissionalizantes. Milena é sobrinha de Vânea.
A faculdade cancelou o benefício de Belisa e Camila no dia 30 de abril, dois dias antes de a reportagem ser exibida. Já Milena pediu para deixar o Prouni no dia 4 de maio. Elas podem ainda ser alvo de processo criminal, já que a Polícia Federal investiga o caso.
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