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4 meses de paralisação

Greve no MTE já atrasou emissão de 15 mil carteiras de trabalho em Maringá

Apenas os servidores administrativos estão parados, mas isso já compromete grande parte do atendimento. Para conseguir senha, interessados precisam madrugar na fila

Todos os dias, dezenas de pessoas chegam durante a madrugada ao Ministério do Trabalho de Maringá e entram em uma fila que se estende por várias quadras. Não se trata de nenhuma promoção; eles apenas querem pedir a carteira de trabalho ou entrar com o recurso do seguro-desemprego.

Por dia a agência, cujo atendimento está parcialmente interrompido, por conta de uma greve, distribui 45 senhas, válidas para qualquer dos atendimentos. Segundo informações da própria gerência, há cerca de 15 mil pedidos de carteira de trabalho atrasadas.

"Cheguei duas da manhã. É muito ruim ficar de madrugada passando frio e sono", reclamou Adevandro Silva. "A gente se sente injustiçado, pois é um direito nosso, um dinheiro que é nosso. No meu caso, estou para receber o seguro[desemprego], não deu certo e, infelizmente, tenho que enfrentar essa fila", relatou a balconista Roselaine Pereira, que veio de Marialva para a agência de Maringá.

Apenas 50% dos funcionários estão prestando atendimento. A situação se agrava pela demanda, já que a agência de Maringá atende a população de 107 municípios.

Sobre a greve

Os 16 servidores administrativos da delegacia de Maringá do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) entraram em greve em 19 de abril. A greve acompanha o movimento dos funcionários das delegacias de Curitiba, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa, que começou em 6 de abril.

A classe reivindica plano de carreira e aumento do tempo de atendimento ao público de oito para doze horas diárias, divididas em dois turnos de seis horas. Segundo representantes da categoria, esses funcionários do MTE são os que têm os menores salários dos servidores federais.

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