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Rede municipal não para

As aulas da rede municipal de Maringá não serão afetadas com a paralisação. O Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar), por meio da assessoria de imprensa, diz que é solidário à causa e apoia a manifestação dos professores estaduais. Mas, como as relações trabalhistas dos docentes municipais são regidas por outras normas, optou por seguir com as atividades. A rede municipal concentra cerca de 17 mil alunos, de 1ª a 4ª série, em 42 escolas. Há ainda 9,8 mil crianças matriculadas em creches.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) programou paralisação estadual de professores e funcionários para esta terça-feira (16), e espera adesão de 80% a 90% da categoria. Em Maringá e região, isso representa a paralisação de pelo menos 4,5 mil trabalhadores, comprometendo as aulas de 65,6 mil estudantes, podendo afetar até 73,8 mil. A principal reivindicação é a equiparação do salário inicial dos professores com o salário inicial das demais categorias do ensino superior do estado. Segundo o sindicato, esse reajuste equivale a 25,97%.

Dois ônibus partindo de Maringá vão levar 80 funcionários á Curitiba, onde a APP promove a maior concentração, a partir de 9 horas na Praça Santos Andrade, com caminhada até o Palácio das Araucárias, no Centro Cívico da capital. No dia 27 de março, o sindicato fará uma avaliação de como estão as negociações e serão definidos os rumos do movimento. "A paralisação é uma sinalização ao governo do estado para mostrar que a categoria está unida. Dia 27 teremos nova assembleia e não descartamos a possibilidade de greve", disse Luiz Fernando Rodrigues, da diretoria da APP em Maringá.

O grupo da região de Maringá ainda tem uma reivindicação local. Querem saber do futuro em relação ao atendimento de saúde, já que atualmente um contrato emergencial garante convênio com o Hospital Santa Rita. A situação afeta 45mil servidores no Noroeste que corriam o risco de perder atendimento médico na região. Como já divulgado pelo JM, a situação ocorreu porque o contrato do governo estadual com o Santa Rita (que há cinco anos atendia os servidores da região Noroeste) venceu em janeiro. No entanto, o hospital se comprometeu a manter o atendimento mesmo com o contrato já vencido.

O APP-Sindicato afirma que existem 5 mil servidores, aprovados em concurso de 2006, que ainda não tomaram posse e que podem substituir os contratos temporários, mas a equiparação e reajuste são as principais demandas. "É uma luta já antiga dos professores. Outros funcionários recebem mais que os professores. A gente percebe que tem sido uma categoria que esta em desvantagem", disse Rodrigues.

Os alunos foram informados da paralisação ao longo dos últimos dias de aula, por meio de cartas ao pais, cartazes e avisos em sala de aula.

Parecer da regional de Educação

Para a o núcleo regional de Educação de Maringá, que abrange 25 municípios do Noroeste, a terça-feira será um dia normal de aula. Estão subordinados ao núcleo, 4 mil professores, 1,7 mil funcionários e 82 mil estudantes. São 96 escolas estaduais, das quais 34 em Maringá. "Quando a APP faz algum tipo de movimentação, não temos previsão nenhuma do que possa acontecer. A orientação é de um dia letivo normal. O que for diferente disso, serão tomadas as providências depois", explicou Vera Lucia Baroni, do núcleo de educação.

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