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Com o afastamento de 17 servidores públicos municipais e a suspensão de outros três nos últimos dias, por suspeita de irregularidades na fiscalização de obras, a Prefeitura de Maringá não tem mais nenhum profissional neste cargo. Por conta disso, o procurador jurídico de Maringá, Luiz Carlos Manzato, afirmou que outros funcionários deverão ser remanejados ao cargo em breve.

Além dos 20 funcionários que foram afastados ou suspensos, outros seis que já não trabalhavam mais na prefeitura serão investigados. Os suspensos são suspeitos de cobrar propina para agilizar trâmites e alvarás de construções. Todos os outros, são acusados de agilizar processos que envolviam familiares. Tudo partiu de uma denúncia anônima. Investigação deverá se estender por 60 dias.

A intenção da prefeitura é auditar os últimos três anos de obras projetadas para verificar qualquer irregularidade. Até o momento foram seis meses auditados. Caso sejam encontrados novos suspeitos nas próximas auditorias, serão todos ex-funcionários do setor. "Agora não tem mais ninguém no setor. A secretaria está deslocando servidores de outras funções [para a fiscalização]", confirmou o procurador jurídico.

Entenda o caso

A situação começou quando a prefeitura recebeu uma denúncia anônima que informava sobre fiscais de obra que estariam cobrando propina para agilizar tramites e alvarás das construções. Três funcionários acabaram suspensos por suspeita de beneficio financeiro. Os outros 23 são acusados de tornar mais ágil o processo de obras que envolviam parentes. Destes últimos, a prefeitura afastou 17 fiscais para outros setores e os seis restantes eram ex-funcionários do setor.

"Recebemos a informação de que os três servidores afastados cobravam entre R$ 900 e R$ 1,4 mil [para assinatura de projetos]. Sobre os outros, há indícios de irregularidades. Eles faziam a tramitação na prefeitura mais rápida quando as obras eram de esposas ou filhos", disse Manzato.

Todos os envolvidos ficam distantes dos cargos de fiscais até que seja concluída a sindicância interna na prefeitura, o que pode demorar mais de 60 dias.

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