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Praticamente afônico, o deputado estadual do PMDB, Mauro Moraes, explicou na manhã desta quarta-feira o motivo que o levou à mudar o voto na segunda e definitiva votação da lei antinepotismo, na Assembléia Legislativa. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que proibia o nepotismo no estado foi derrotada. A votação, realizada no fim da tarde desta terça-feira (18) teve apenas 29 votos favoráveis. Eram necessários no mínimo 33. Na primeira discussão o parlamentar foi favorável à emenda.

Segundo Mauro Moraes, quatro pontos foram decisivos para a mudança do "sim" para o "não" na votação da PEC: prazo longo para vigor a lei, parentesco pouco rígido, orientação partidária e a não inclusão do nepotismo cruzado no texto da emenda.

"Na primeira discussão votei sim porque a lei iria vigorar imediatamente e no meio do caminho fizeram a alteração para 180 dias. A lei deve atingir os parlamentares que estão em exercício e não para os que virão após a eleição de outubro. Em relação ao parentesco acredito que a lei deve alcançar os parentes de até 3º grau. Não adianta tirar o filho e colocar o sobrinho", diz Moraes.

Quanto ao nepotismo cruzado, proposto por Requião, o parlamentar se mostrou favorável e acredita que a nova emenda sobre o assunto deverá incluir este ponto polêmico. Mauro Moraes negou uma possível pressão exercida pelo governador do estado, notoriamente contrário à emenda proposta pelo PT. "Não houve pressão. Houve sim uma decisão partidária".

Mauro Moraes adiantou que em outubro vai tentar a reeleição e que o voto contrário à lei que proibia o nepotismo no Paraná, não deve prejudicar seu desempenho nas urnas, pelo contrário. "No meu caso acho que vai ajudar porque vou defender que a lei seja votada o mais breve possível e que passe a valer imediatamente. Tem que ser igual no Judiciário", comparou.

Como a comissão que será designada para estudar as três emendas apresentadas vai retirar pontos de todas elas, para elaboração de um novo texto, é possível que o prazo para que a lei entre em vigor seja somente em 2007, como defende a mensagem enviada por Requião. Se o prazo se confirmar, Moraes diz que terá que analisar como será o seu voto. "Sou contra o nepotismo, mas também sou contra aprovar a lei e começar a vigorar somente no ano que vem. Neste caso teria que analisar muito bem o voto e não descarto a possibilidade de votar novamente contrário", concluiu.

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