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Para segunda-feira

Motoristas e cobradores fazem nova ameaça de greve geral em Curitiba

Pela segunda vez no mês, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) ameaça uma greve geral no transporte público para a próxima segunda-feira (26). Os ônibus podem parar na capital caso não haja pagamento do adiantamento salarial aos trabalhadores.

Pela manhã, os motoristas e cobradores da empresa, que atende principalmente a zona leste da capital, pararam as atividades por causa do atraso no pagamento do adiantamento salarial, correspondente a 40% do salário da categoria. A paralisação durou cerca de 3 horas e a circulação das linhas foi retomada por volta das 8h15.

O Sindimoc informou que um indicativo de greve foi aberto nesta quarta-feira e que a categoria aguarda o pagamento do valor devido pelas empresas até sexta-feira (23). A paralisação deve ocorrer na segunda-feira se os 40% do salário, pagos no popular "vale", não forem pagos. Segundo os motoristas e cobradores, o não pagamento do adiantamento ocorre, além da CCD, em outras empresas que participam dos consórcios que atendem Curitiba e região metropolitana.

Em nota, Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) informou que o atraso nos depósitos se deve à dívida de R$ 15,2 milhões que a Urbanização de Curitiba (Urbs) e a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) têm com as empresas.

A Urbs confirmou o valor da dívida e diz que está em negociação com a Comec para o pagamento do valor devido e da renovação do convênio com o governo do estado - ou seja, para a manutenção do subsídio ao transporte público. A Comec foi procurada mas, segundo a assessoria de imprensa, uma resposta só deve ser dada à reportagem durante a tarde, por causa de uma reunião do secretariado com o governador Beto Richa (PSDB).

Segunda ameaça do ano

Esta é a segunda vez no mês que Curitiba entra na iminência de uma greve no transporte público. No início de janeiro, os motoristas e cobradores ameaçaram parar as linhas urbanas e metropolitanas porque não haviam recebido adiantamento salarial, o que ocorreu, segundo as empresas, também por falta de repasse da verba devida pelos governos estadual e municipal.

Após afastar a possibilidade de greve, no dia 8 de janeiro os motoristas e cobradores realizaram um protesto em frente ao Palácio Iguaçu para cobrar do governador Beto Richa um posicionamento sobre a falta de repasse do subsídio ao transporte da Rede Integrada de Transporte (RIT). O protesto afetou a circulação de ônibus na capital por 4 horas.

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