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Só no Paraná, cerca de 500 arrombamentos de caixas eletrônicos foram registrados até novembro | Aliocha Mauricio/Tribuna do Paraná
Só no Paraná, cerca de 500 arrombamentos de caixas eletrônicos foram registrados até novembro| Foto: Aliocha Mauricio/Tribuna do Paraná

Os assaltos a caixas eletrônicos aumentaram 45% em 2014 no Paraná. O dado foi revelado pelo secretário da Segurança Pública do Paraná, Fernando Francischini, na tarde desta quinta-feira (18), após reunião com representantes de todos os bancos que trabalham no estado, policiais federais, civis, militares, Exército e fabricantes de bombas de emulsão, usadas pelos criminosos durante os roubos. Entre janeiro deste ano até esta quinta-feira, foram 198 assaltos a caixas, enquanto no mesmo período do ano passado foram registrados 104.

Após a reunião, Francischini anunciou um pacote de medidas emergenciais para tentar conter a onda diária de explosões a caixas eletrônicos. O estado agora vai concentrar todas investigações em uma força tarefa coordenada pelo Centro de Operações policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil, em Curitiba. "Tem delegacia pequena no interior investigando a mesma quadrilha [que outras unidades]. Já falei que quero todo mundo preso até janeiro", disse o secretário.

Medidas emergenciais

A partir desta madrugada, policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da PM, e o Cope, patrulharão diversos pontos que seriam possíveis alvos das quadrilhas que roubam os caixas. Outra medida anunciada é o reforço da segurança pelos bancos.

Em alguns casos, segundo o secretário, já há resultados positivos, como uso de sirenes, fumaça e caixas violados. A principal medida dos bancos, no entanto, é do Banco do Brasil, que tem esvaziado os caixas eletrônicos às 17h. Sobre esse aspecto, os policiais também farão a escolta das empresas de transportes de valores quando essas retiradas forem feitas. "Pedimos que os bancos e as fábricas de explosivos aumentem a segurança".

No caso das fabricantes, de acordo com Francischini, há uma falha grave na rastreabilidade do produto vendido. "Não se sabe quem compra. É impossível de detectar". É possível que em breve esses produtos sejam vendidos com chips e outros dispositivos que possam mostrar à fabricante quem está revendendo o produto.

A reportagem, no entanto, obteve uma informação que essas bombas de emulsão têm sido traficadas pelo Paraguai, pela fronteira paranaense. Sobre isso, o secretário confirmou o fato, mas revelou que são produtos fabricados no Brasil que têm retornado ilegalmente ao país.

Outros estados

A polícia ainda investiga que quadrilhas de outros estados, como Santa Catarina e São Paulo, estão aumentando o volume de assaltos a caixas eletrônicos no Paraná. De acordo com Francischini, várias já foram identificadas. Sobre a participação de policiais paranaenses nestes crimes, o secretário se comprometeu em aumentar a fiscalização interna nas polícias. "É prisão e expulsão".

Orientação O secretário pediu que a população evite retirar dinheiro em caixas localizados em regiões afastadas de centros urbanos e em horários noturnos. Ele afirmou que a onda de assaltos coloca em risco a vida dos usuários de caixas. Segundo Francischini, a população precisa se planejar e sacar dinheiro em locais mais seguros.

Para isso, ele garante que, a partir de janeiro, a Secretaria de Estado da Segurança Pública mudará o formato de divulgação das estatísticas da criminalidade. O secretário prometeu divulgar versões para imprensa e para população de forma mais detalhada com horários, locais, para que os cidadãos possam ir aos locais, sabendo se é seguro ou não.

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