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A oposição acusou o governador Roberto Requião (PMDB) de retaliação política por bloquear R$ 63 milhões para obras na capital após as eleições. As críticas foram feitas na manhã desta segunda-feira, durante a mobilização suprapartidária realizada na Assembléia Legislativa, em Curitiba, para discutir o corte dos repasses.

No encontro, que reuniu o prefeito Beto Richa, o senador Osmar Dias (PDT), deputados, vereadores e líderes comunitários, o governador foi criticado por segurar investimentos para a capital e para outras cidades do Paraná. Prefeitos de municípios que, a exemplo de Beto Richa, não apoiaram a reeleição do governador também estariam enfrentando dificuldades em ter acesso a financiamentos do Fundo de Desenvolvimento Urbano (FDU).

A denúncia foi feita pelo senador Osmar Dias, que desqualificou o argumento do governador de que o repasse dos recursos para Curitiba foi suspenso em função de uma dívida da Cidade Industrial de Curitiba (CIC) com o governo estadual, contraída há mais de 30 anos. "Não existe problema técnico ou inadimplência. É problema político. Foz do Iguaçu, Paranavaí, União da Vitória, Paranaguá e Pato Branco não têm dívidas da CIC e também não estão recebendo empréstimos só porque os prefeitos me apoiaram na campanha", disse o senador.

O prefeito Beto Richa reafirmou que o prazo para o governo cobrar a dívida da CIC prescreveu em 2004 e mesmo que houvesse o débito já teria sido pago pelos milhões gerados pela Cidade Industrial, responsável por 20% da arrecadação de ICMS de todo o estado.

Líder rebate informação

No site oficial do governo do estado, o líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), rebateu a informação de que a dívida de R$ 253 milhões para a instalação da CIC teria prescrito. "Busquei a informação junto à Procuradoria Geral do Estado, que informou que apenas R$ 169 mil deste valor foi prescrito conforme alega a Prefeitura", afirmou.

A prefeitura de Curitiba está conseguindo liberação de financiamentos junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Fonplata para obras de urbanização de áreas de risco. Segundo Beto Richa, convênios com o governo francês também estão sendo assinados. "Enquanto o mundo inteiro quer financiar obras em Curitiba, o governo do estado impõe 1001 entraves. E não tem favor nenhum do governo porque é financiamento que o município vai contrair e pagar depois", afirmou.

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