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Londrina

Polícia prende quadrilha acusada de formar cartel de combustíveis

Quadrilha usava notas frias e software instalado nas bombas para sonegar impostos

Vídeo | Reprodução/RPC TV
Vídeo (Foto: Reprodução/RPC TV)

Quatorze pessoas foram presas nesta quarta-feira (29) durante a "Operação Medusa III" comandada por equipes da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas. As prisões aconteceram no Paraná e no Mato Grosso. Os detidos integram uma quadrilha acusada de formar um cartel de combustíveis, em Londrina, no Norte do estado. Entre os presos estão donos de postos e de distribuidoras de combustíveis.

Na manhã desta quarta, a polícia cumpriu 57 mandados de prisão e busca e apreensão simultaneamente em Ibiporã, Jataizinho, Cambé e Londrina. Doze pessoas foram presas, entre elas, Itauby Netto Guarda, 30 anos, apontado pela polícia como um dos líderes do cartel.

Durante a tarde, a Sesp informou que dois foragidos foram presos no Mato Grosso. Djalma Eugênio Guarda , 52 anos, é pai de Itauby, e também seria um dos líderes do cartel. Ele é dono da distribuidora de combustível OilPetro, investigada nas operações Medusa I e II. O outro detido é Mauro Cezar Guarda, 50 anoz, irmão do Djalma Guarda e sócio dele na Oilpetro.

Os dois devem ser transferidos para o Paraná na quinta-feira (30). A Sesp ainda não sabe se eles ficarão presos em Curitiba ou Londrina. Esquema

A Sesp informou que, além de combinar preços, a quadrilha comprava notas fiscais frias para sonegar ICMS. Eles contariam com a ajuda do proprietário da gráfica Tradição, Rodrigo Werner da Silva, 28, que foi preso. Também foram detidos, Amauri Peretti e Pires Godoy, 51, apontado pela polícia como lobista e Claudir Osmir Bolognesi, 42, acusado de intermediar as negociações entre os postos.

Alguns postos de combustíveis ainda se aproveitam de um software para fraudar as bombas. O sistema alterava o registro da quantidade de litros vendidos, o que dificultaria a fiscalização da Receita Estadual. Os envolvidos devem responder por formação de cartel e de quadrilha, falsificação de documentos, estelionato, corrupção ativa e passiva e crimes contra ordem tributária.

De acordo com a Sesp, mais de 150 policiais civis participaram da "Operação Medusa III". "Vinte e oito postos de Londrina e região combinavam preços. Os donos eram obrigados, às vezes com violência, a aumentar os preços. Agora vamos fazer uma vigilância para ver a qualidade dos combustíveis", afirmou o secretário da Segurança, Luiz Fernando Delazari, em entrevista ao telejornal ParanáTV, 1.ª edição.

Medusa I e II

Duas outras etapas da mesma operação foram realizadas este ano no Paraná e em Santa Catarina. Em 7 de março, a polícia prendeu 15 pessoas na Operação Medusa I. Dois auditores fiscais da Receita Estadual do Paraná e o dono de uma das maiores distribuidoras de combustíveis do Sul do Brasil foram detidos.

A Operação Medusa II, realizada em 17 de maio, resultou na prisão de quatro pessoas. Todos os envolvidos são suspeitos de sustentar um esquema de sonegação de impostos.

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