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Samba | Divulgação
Samba| Foto: Divulgação

Três policiais da Rone (Rondas Ostensivas de Natureza Especiais) foram presos nesta terça-feira (24) em Colombo, região metropolitana de Curitiba. Eles são acusados da morte do trabalhador rural Deiviti Maicon dos Santos, de 19 anos, e de atirar no primo dele, Tiago Luís Machado, 21 anos, após uma ação no domingo (15).

O cabo Marcos Dorse Marinho, 35 anos, e os soldados Wilson Clemente, 33, e Leonel Lourenço de Faria Junior, 27, são investigados por homicídio. Eles estão presos, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), no Quartel Central da Polícia Militar. Na tarde desta terça, os policiais prestaram depoimento na Delegacia de Colombo. Eles também vão responder a inquérito administrativo e podem ser expulsos da corporação.

Em depoimento, os policiais confirmaram a versão de que os rapazes estavam com uma arma no dia do crime e resistiram à abordagem da Rone. Segundo informações da Sesp, o delegado titular de Colombo, Hamilton da Paz, disse que todas as testemunhas que ouviu deram versões diferente das apresentadas pelos policiais.

A polícia aguarda os laudos do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística para concluir o inquérito. Foram solicitados laudo de necropsia, laudo de exame na arma de fogo - apresentada como sendo utilizada pelo trabalhador rural - e laudo de exame residuográfico nas mãos, para ver se Santos usou a arma. Também faltam receber exames de lesões corporais e de dosagem alcoólica realizados em Machado. Os exames devem ficar prontos nos próximos dias.

O crime

O trabalhador rural foi morto quando voltava da Festa do Vinho de Colombo. Ele estava na garupa da moto pilotada pelo primo, voltando para a sua residência, na localidade de Ribeirão das Onças. Santos foi baleado pelas costas e morreu depois de dar entrada no Hospital Cajuru. O primo do rapaz foi preso por desobediência e solto na segunda-feira (16).

Abusos e punição

Na terça-feira (17), durante a reunião semanal do secretariado, conhecida como "Escolinha de governo", o governador Roberto Requião pediu para o secretário da segurança, Luiz Fernando Delazari, mais rigor nas investigações e que os possíveis abusos de autoridade cometidos pela Polícia Militar sejam solucionados e se houve culpados, no caso de Colombo, que sejam punidos. Na ocasião o governador disse que a violência policial chegou a um "nível insuportável".

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