O policial civil Délcio Rasera, que estava preso em Curitiba desde o dia 5 de setembro, foi solto nesta sexta-feira. O alvará de soltura foi cumprido por volta das 18 horas do último dia antes do recesso da Justiça.
Rasera foi acusado de fazer escutas telefônicas clandestinas (grampos) que teriam atingido juízes e políticos. Quando foi preso, o policial estava trabalhando na Casa Civil do governo do estado. Além de Rasera, outras seis pessoas também foram presas.
O fato do policial estar trabalhando na Casa Civil e ter sido próximo do governador Roberto Requião agitou a campanha eleitoral deste ano. O próprio Requião, candidato à reeleição, afirmou que o caso prejudicou a sua campanha e teria sido a causa para que não vencesse no primeiro turno.
O processo contra Rasera e as outras seis pessoas corre em segredo de Justiça. Na Assembléia Legislativa foi criada uma CPI dos grampos, apoiada pela bancada da situação, que se dispunha a apurar, em menos de um mês, acusações de 12 anos de possíveis grampos no estado. A CPI terminou melancolicamente, com o relator, deputado Jocelito Canto, não chegando a nenhuma conclusão.
Rasera nega que tenha participado de escutas ilegais e afirma que fazia apenas o trabalho de rastrear essas escutas para neutralizá-las, conhecido como "varredura". Um trabalho que, segundo ele, seria particular e que nada teria a ver com suas atividades na polícia ou na Casa Civil.
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