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Prefeitura espera conseguir recursos do governo estadual para arrumar os estragos | Bueno/Divulgação prefeitura de Castro
Prefeitura espera conseguir recursos do governo estadual para arrumar os estragos| Foto: Bueno/Divulgação prefeitura de Castro
  • Excesso de chuvas derrubou barrancos e árvores e bloqueou estradas rurais
  • Buracos deixam intransitáveis alguns trechos das estradas

A prefeitura de Castro, nos Campos Gerais, decretou situação de emergência nesta quinta-feira (30). A medida tomada pelo prefeito Moacyr Elias Fadel Junior (PMDB) foi em razão dos estragos causados pelas chuvas na cidade. Segundo dados do 8.º distrito de meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia, desde 1943 não chovia tanto no mês de julho na região. Foram mais de 300 milímetros desde o dia 1.º até o dia 27 de julho. Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, este foi o mês de julho mais chuvoso no Paraná, desde o ano de 1997.

"Essa foi uma medida de prevenção e vamos tentar junto do governo estadual recursos para reconstruir as estradas destruídas pela chuva. Estamos com problemas para entregar leite, ovos e frangos. O transporte na cidade está bastante comprometido", explicou Fadel Junior.

A situação de emergência foi decretada por 30 dias no município. O prefeito afirmou que choveu seis vezes mais do que a média de julho. "Foi a cidade do Brasil onde mais choveu neste mês", disse o prefeito. A situação é mais grave principalmente nas estradas rurais, que somam mais de 5 mil quilômetros. Nesta quinta-feira (30) a chuva deu uma trégua na cidade, mas a previsão é que chova até terça-feira (4).

Como medida emergencial foram contratados 20 caminhões para auxiliar na recuperação das estradas. O prefeito afirmou que a chuva não deixou desabrigados na cidade. O rio que corta a cidade está acima do nível normal, mas não chegou às casas. "Pedimos à população que mantenha a tranquilidade e a paciência, que o mais rápido o possível vamos resolver os problemas", definiu Fadel Junior. As aulas nas escolas municipais foram suspensas até o dia 10 de agosto, para evitar o contágio da gripe A H1N1 entre os alunos.

Diferenças

A diferença de situação de emergência e estado de calamidade é a intensidade dos efeitos provocados pelos desastres. Situação de emergência é decretada quando os danos são suportáveis e superáveis pela população, mas com o reconhecimento da situação crítica a cidade pode receber recursos mais rapidamente dos governos estaduais e federais. Estado de calamidade é quando a situação oferece risco de segurança para os moradores envolvidos.

Estado

A chuva também causou estragos em outras cidades do estado. A mais afetada foi Ortigueira, na região Central. Trezentas casas foram destelhadas na noite de terça-feira (28). Das 1.200 pessoas que foram afetadas pelo temporal, cerca de 80% já voltaram para casa entre quarta e esta quinta-feira (29 e 30). Foram distribuídos lonas para todos os moradores atingidos.

Além de Ortigueira, cidades da Região Metropolitana de Curitiba também foram afetadas pelas chuvas de terça-feira. Segundo o assessor técnico da Defesa Civil do Paraná Misael Márcio Ferreira Borges, monitoramentos do órgão dão conta de que a maioria das famílias retornaram as suas residências, exceto pelos casos com risco de desabamento. Em Almirante Tamandaré, na região metropolitana, duas famílias continuam abrigadas em uma escola municipal.

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