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Com ruas alagadas, moradores do Parque das Nações, em Atibaia, precisam de barco para sair de casa | Bruno Azevedo/G1
Com ruas alagadas, moradores do Parque das Nações, em Atibaia, precisam de barco para sair de casa| Foto: Bruno Azevedo/G1

A Sabesp e a Defesa Civil do Estado de São Paulo alertaram aos municípios cortados pelos rios que formam as quatro represas do Sistema Cantareira (Jaguari, Cachoeira, Atibainha e Paiva Castro) que esses reservatórios estão próximos dos seus limites de capacidade e que, caso as chuvas continuem nos próximos dias, elas deixarão de segurar a água por atingirem o nível de vertedouro. Isso significaria que a água não seria mais represada, aumentando o nível dos rios podendo provocar mais enchentes nas várzeas dos rios.

Na sexta-feira (8), representantes da Sabesp e da Defesa Civil se reuniram com o representantes dessas cidades em Bragança Paulista, a 85 quilômetros da capital, para que as prefeituras estejam prontas para retirar as populações que moram próximas aos rios. A reunião contou, inclusive, com as presenças do governador José Serra e do vice-governador, Alberto Goldman.

Na quinta-feira (7), reportagem do G1 mostrou que a Prefeitura de Atibaia já temia a abertura das comportas das represas de Piracaia, no Rio Cachoeira, e de Nazaré Paulista, no Rio Atibainha. Esses dois rios formam o Rio Atibaia, que corta Atibaia, a 64 quilômetros de São Paulo.

"A situação das represas do Sistema Cantareira está próxima do vertedouro. Hoje, elas têm uma função importante de segurar boa parte da água, senão haveria inundação. A Sabesp controlará ao máximo o volume dos reservatórios para evitar ter de jogar água nos rios, mas chega´rá um momento em que a água atingirá o nível do vertedouro e não será mais possível represá-la", diz o superintendente de produção de água da Sabesp, Hélio Luiz Castro.

Na página da Sabesp na internet, onde é possível acompanhar a situação dos mananciais, o nível do reservatório da represa de Jaguari está com 98,91% de sua capacidade. A represa de Cachoeira, com 90,06% e a de Atibainha, com 97,79%.

Castro explica que o fato não é surpresa para esses municípios. No dia 30 de setembro do ano passado foi feito um simulado, abrindo as comportas das represas do Sistema Cantareira para verificar o efeito disso. Em dezembro, outras duas reuniões foram feitas alertando para o nível dos reservatórios e a possibilidade de que as comportas precisem ser abertas.

Atibaia

Sobre o alagamento de três bairros em Atibaia (Caetetuba, Kanimar e Parque das Nações), que afetou 500 famílias, sendo cinco desabrigas e 80 que se mudaram para casas de parentes, o superintende de produção de água da Sabesp nega que isso tenha relação com o aumento da vazão das represas para o rios Atibainha e Cachoeira.

"No dia 13 de dezembro descarregávamos 1 metro cúbico por segundo de água nesses rios e houve enchente na cidade. No final de dezembro, passamos para 14 metros cúbicos e também houve enchente. Diferentemente do que se diz, a culpa não é das represas. Os bairros estão numa região de várzea, passiveis de alagamento", diz Hélio Luiz Castro.

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