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O estudante suspeito de matar o cartunista Glauco e seu filho, Raoni, em março, foi transferido da sede da Polícia Federal (PF) em Foz do Iguaçu para o presídio de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná. Carlos Eduardo Nunes, o Cadu, foi levado da cidade próxima à fronteira com o Paraguai por volta das 8h30.

Um carro com agentes federais e outro da Força Nacional foram destacados para escoltar o rapaz. Cadu estava preso em Foz do Iguaçu desde o dia 14 de março, quando tentou fugir do país.

A transferência foi autorizada pelo juiz federal substituto da 2ª Vara Criminal em Foz do Iguaçu, Mateus de Freitas Cavalcanti Costa, após pedido da própria PF. "Levamos em conta a periculosidade [de Cadu]. Foi mais pela segurança dele e dos demais detentos", disse ao G1 o delegado Rubens Alexandre de França, chefe em exercício da sede em Foz do Iguaçu. "Em Catanduvas há pessoas preparadas exclusivamente para fazer custódia", afirmou.

Outro fato que motivou a transferência foi a superlotação da carceragem no prédio da PF. Com capacidade para abrigar 14 detentos, as sete celas do edifício contam atualmente com 52 presos.

De acordo com a assessoria de imprensa da Justiça Federal, o juiz afirmou que não há a necessidade de o jovem ser transferido para uma prisão em São Paulo, estado onde os assassinatos ocorreram.

O crime

Glauco e Raoni levaram quatro tiros cada um na madrugada do dia 12 de março. O cartunista estava em casa com a família, no mesmo terreno onde fica a Igreja Céu de Maria, da doutrina do Santo Daime e que era frequentada por Cadu.

De acordo com a polícia, o plano de Cadu era levar Glauco até a casa de sua mãe para ele convencê-la de que o irmão dele seria o Cristo reencarnado. Na casa do cartunista, Cadu ameaçou atirar em Glauco diante de sua recusa em seguir com ele. Com a confusão, Raoni chegou ao local e houve uma discussão. Foi quando o suspeito atirou nas duas vítimas.

Após os disparos, Cadu ficou escondido na mata próxima à casa do cartunista até o início da manhã seguinte. Segundo o rastreamento de seu telefone celular, ele tentou se aproximar da casa da família outras duas vezes.

Na manhã de domingo (14), pegou um ônibus e depois roubou um carro na Vila Sônia, Zona Oeste de São Paulo. Depois, seguiu para Foz do Iguaçu, no Paraná, onde tentou fugir para o Paraguai. Na fuga, ele resistiu à abordagem da Polícia Rodoviária Federal. Uma hora depois, atirou em um policial federal que tentou pará-lo na Ponte da Amizade.

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