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Cruzamento entre Comendador Araújo e Mariano Torres, em Curitiba | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Cruzamento entre Comendador Araújo e Mariano Torres, em Curitiba| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A rotina dos motoristas que trafegam pela chamada Área Calma de Curitiba – cuja velocidade máxima de 40 km/h passou a valer nesta segunda-feira (16) – parece não ter mudado muito. É que, como de costume, o tráfego apertado das primeiras horas da manhã fez com que obedecer ao limite de velocidade fosse natural, por causa do fluxo lento.

Por isso, muitos motoristas disseram não notar, pela manhã, diferença com a implantação da iniciativa, que engloba 140 quarteirões dentro de um polígono formado pelas ruas Mariano Torres, Luiz Leão, Inácio Lustosa, Visconde de Nacar e André de Barros e todas as demais vias que estão dentro do perímetro.

“Quem me dera andar a 40 quilômetros por hora nesse horário aqui”, comentou Gilberto Ribeiro, que, por pouco antes das 9 horas, trafegava próximo ao cruzamento das ruas Conselheiro Araújo e Mariano Torres, no entorno do Círculo Militar. “Pelo menos esse trecho sempre está bem parado, então ainda não deu para notar diferença”, afirmou.

Declaração semelhante veio da contabilista Luciana Oliveira. Ela passava a pé pelo cruzamento, mas seguia em direção ao estacionamento onde havia deixado o carro. Para Luciana, o fato de o fluxo de veículos sempre ser alto no início das manhãs nas proximidades do Círculo Militar vai fazer com que os motoristas não notem melhoras no trânsito da região.

“Eu ando desde as 7 horas da manhã por ruas aqui do centro. E deixa eu falar: não vai fazer diferença nenhuma, porque não são regiões em que você possa superar por muito tempo os 40 quilômetros por hora”, avalia. “A única coisa que vai mudar é [o radar] pegar gente no final de semana, quando você tem menos movimento e às vezes até precisa andar mais rápido. Acho perigoso ficar andando em baixa velocidade nessas ruas do centro à noite”.

Em outro ponto da Área Calma, entre as ruas Inácio Lustosa e Mateus Leme, o tráfego menos intenso fazia o fluxo de veículos fluir com pouco mais agilidade, ainda que comerciantes do entorno tenham afirmado que o trânsito continua tal qual era antes.

“Não vimos mudar nada. O povo continua louco quando a rua está mais vazia, e para quando enche mais”, comentou Eduardo de Oliveira Rosa, que trabalha em uma oficina de instalação de rádios em automóveis.

Embora as fiscalizações de velocidade tenham passado a valer nesta segunda-feira, não foram encontrados agentes orientando o trânsito na área do polígono. Na semana passada, a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) já havia alertado que a fiscalização por agentes não seria reforçada, e que o excesso de velocidade seria controlado por radares.

A Área Calma tem 133 cruzamentos com semáforos. Desses, 12 cruzamentos serão monitorados por 22 radares. Ao todo, a circulação será monitorada em 62 faixas de 19 vias. Seis equipamentos já estavam presentes em três cruzamentos. Outros 16 radares de dez cruzamentos da cidade foram remanejados para fortalecer a fiscalização na região da área.

As multas para os motoristas que desrespeitarem os limites vão variar de R$ 85,12 a R$ 574,61 – dependendo do porcentual excedido.

Confira a região da Área Calma:

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