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Alguns cuidados precisam ser tomados pelos veranistas para não contrair o bicho geográfico nas praias. A doença é causada pela larva migrans, presente nas fezes de cães e gatos. Dessa forma, a orientação é para que os banhistas não sentem diretamente na areia e não levem animais domésticos para a praia.

O médico Lincoln Fabrício, chefe do serviço de dermatologia do Hospital Evangélico, explica que normalmente a larva penetra na pele quando a pessoa pisa nas fezes contaminadas e que "caminha" formando desenhos semelhantes aos mapas nas plantas dos pés, por isso é chamado de bicho geográfico. Além disso, Fabrício alerta que a pessoa pode contrair o bicho geográfico caminhando na areia ou em qualquer terreno em que haja fezes contaminadas. "Os proprietários dos animais domésticos precisam ter a consciência de não levá-los para a areia e também de acompanhar como está a saúde dos bichos", alerta. Os donos também devem lembrar de recolher as fezes dos animais. Outro cuidado que se deve ter é calçar chinelos na área de restinga e na areia fofa, pois a incidência de fazes de animais é maior nesses locais, aumentando a possibilidade de contrair a doença. "Com cuidados simples como usar chinelo e sentar em esteiras ou cadeiras a pessoa pode tentar evitar que a larva penetre na pele", afirma o dermatologista. Fabrício afirma ainda que os pais devem ter atenção redobrada com as crianças, pois costumam brincar sentadas na areia e até mesmo rolar nela. "A larva pode entrar por qualquer parte do corpo. Tenho tratado de muitos casos em que o bicho geográfico penetrou pelas nádegas dos pacientes", alerta o médico.

O primeiro sintoma que a pessoa irá sentir é coceira, e ao coçar a pele o veranista pode causar lesões. Por isso, caso perceba que está com algo na pele, é preciso procurar um médico. Além disso, é comum confundir o bicho geográfico com outros problemas de pele, como o bicho de pé e até mesmo o olho de peixe.

O dermatologista explica ainda que a pele fica sensível e pode facilitar a entrada de outras bactérias. "Infecções secundárias podem ocorrer por causa da entrada do bicho geográfico. Por isso é preciso tratar o problema", afirma. Segundo Fabrício, o tratamento é simples, feito com antihelmínticos na forma oral ou pomada.

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