• Carregando...
 | Divulgação/SESP
| Foto: Divulgação/SESP

Relembre as matérias da série especial Maio Amarelo

Maio foi o mês escolhido pela Organização das Nações Unidos (ONU) para alertar para o alto número de mortes no trânsito. Com base no projeto da ONU Vida no Trânsito, a Gazeta do Povo preparou uma série de reportagens sobre o tema.

- Onde e quando os acidentes ocorrem

- Regras para não morrer no trânsito

- Perigo concentrado em duas rodas

- Idosos são as principais vítimas dos acidentes de trânsito em Curitiba

- Curitiba tem duas centenas de mortes evitáveis no trânsito por ano

- Confira a série completa.

Confira os balanços do primeiro semestre

No Paraná e em Curitiba.

O Paraná registrou em 2014 o terceiro trimestre menos violento desde 2007 nas ruas, avenidas e rodovias do estado, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (Sesp). Comparando-se o período entre os meses de julho a setembro deste ano com o terceiro trimestre de 2007, o número de homicídios culposos no trânsito baixou de 532 para 419 mortes – uma redução de 21,2%.

Em números absolutos, a queda foi mais acentuada em Curitiba, com redução de 58,2% nas mortes: foram 91 no terceiro trimestre de 2007 contra 38 neste ano. Os municípios da região metropolitana também apresentam uma pequena queda, de 2%, no comparativo. Porém, entre 2013 e este ano houve aumento de 242,8%, quando o número de homicídios culposos no trânsito saltou de 14 para 48, praticamente o mesmo número de 2007, quando houve 49 pessoas perderam a vida.

Em geral, segundo o delegado da Delegacia de Delitos de Trânsito de Curitiba (Dedetran), Vinícius Augustus de Carvalho, há um conjunto de fatores que possibilitaram a redução das mortes, como o investimento em educação no trânsito, o aumento da fiscalização, o endurecimento na legislação e até o aumento da frota de veículos nos grandes centros urbanos. "Se não tivéssemos nenhum caso estaríamos satisfeitos, mas ainda há o que melhorar", diz.

Na opinião de Carvalho, a educação e a fiscalização no trânsito ainda precisam ser intensificadas. Ele lembra que em horários em que o fluxo de veículos é baixo, há mais chance de os motoristas abusarem de velocidade e, como consequência, ocorrer um acidente fatal.

O tenente do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) da Polícia Militar Ismael Veiga explica que a corporação tenta intensificar o policiamento com blitzes em todo o Paraná. "Em Curitiba, além dessas operações nos fins de semana são montados esquemas perto de bares e restaurantes, em que comumente há pessoas que fazem uso de álcool", comenta. Para o tenente, além da fiscalização é preciso que os motoristas se conscientizem dos riscos de dirigir embriagado.

Aumento do tráfego reduz mortes

O delegado Vinícius Carvalho, da Dedetran, diz que o aumento na frota de veículos no estado contribui para a queda de mortes no trânsito. A frota estadual cresceu 63,8% entre setembro de 2007 e setembro de 2014, conforme dados do Detran-PR.

O aumento também foi observado em Curitiba (36,6%), que tem a maior frota do estado, com 1.390.009 veículos – sendo que quase 1 milhão são automóveis. "Com um número enorme de veículos nas cidades, como Curitiba, a velocidade tende a diminuir. Nas nossas vias rápidas, por exemplo, os motoristas não conseguem mais desenvolver alta velocidade. Quando um semáforo abre, já há uma fila de carros em frente", analisa o delegado.

Nos municípios da RMC, também há mais carros nas ruas. Em São José dos Pinhais, por exemplo, a frota cresceu 84,9% entre 2007 e 2014, enquanto que em Almirante Tamandaré o aumento foi de 113,8%.

A queda, entretanto, não impede que casos ainda choquem a população por causa da violência no trânsito. No dia 24 de outubro, um taxista atropelou um pedestre e ainda colidiu com outro veículo no cruzamento da Avenida Marechal Floriano Peixoto com a Rua Marechal Deodoro, no Centro de Curitiba. Com a batida, um pedestre - homem de 27 anos -, que passava pelo local, morreu na hora. Ocupantes do carro em que o táxi colidiu também ficaram feridos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]