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A advogada Carla Cepollina deve voltar a prestar depoimento nesta terça-feira. Ontem, depois de depôr no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) por cinco horas sobre a morte do coronel Ubiratan Guimarães, no dia 9 de setembro, ela alegou cansaço e o interrogatório foi suspenso. Saiu escoltada por dois carros da polícia, que foi à residência da advogada para buscar indícios, que devem ser anexados ao inquérito. Até agora, ela é a principal suspeita do crime e a expectativa é que seja indiciada por homicídio doloso, quando há intenção de matar, duplamente qualificado - motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima.

O depoimento foi acompanhado pelo advogado da família de Ubiratan, Vicente Cascione, pela promotoria e pelo representante do Ministério Público. De acordo com o advogado Vicente Cascione, Carla Cepollina entrou em contradições. A mãe de Carla, a advogada Liliana Prinzivalli, ficou insatisfeita com a presença do advogado da família do coronel e exigiu que ele mostrasse procuração. Em seguida, teria tentado direcionar perguntas feitas pelos delegados à Carla e começou um bate-boca.

O promotor que acompanha o caso, Luiz Fernando Vaggione, garantiu que ela deve ser indiciada pelo homicídio. Mas deve responder ao processo em liberdade.

- Apesar de ela negar a autoria do crime, isso não impede que ela seja indiciada - afirmou o promotor.

Oficialmente, os laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal não foram entregues à polícia. A polícia tem dois motivos para o indiciamento: o cruzamento de dados telefônicos de Carla, da mãe dela e do coronel Ubiratan e também o laudo da perícia, que aponta que Carla permaneceu no apartamento de Ubiratan após a morte do coronel.

A perícia do Instituto de Criminalista concluiu que só Carla esteve no apartamento do coronel no dia 9 de setembro, um sábado, quando ele foi assassinado com um tiro. Em entrevista ao "Fantástico" neste domingo, Carla afirmou que se considera "a pata da vez".

- A polícia está sendo pressionada, e tem que achar um culpado. Eu sou a pata da vez.

Carla disse que a hipótese de briga por ciúme não tem fundamento, pela personalidade do coronel.

- Ninguém mandava nele, ninguém falava o que ele tinha que fazer. Então, esse papo de que "ele não estava" ou de que "eles estavam brigados", não tinha isso. Com ele, não tinha isso. Ou era, ou não era. - diz, afirmando mais adiante:

- Como eu poderia ter uma relação de ciúme com uma pessoa livre, que faz o que quer na hora que quer, e que era um homem político?

O promotor Luiz Fernando Vanggione disse que ela é a única suspeita.

- Até o momento não há outro indício que não aponte para ela - disse Vanggione, que descarta a necessidade de pedir prisão preventiva.

- Temos caso de vários suspeitos que respondem o caso em liberdade. Não existe privilégio neste episódio - afirmou o promotor.

Para a polícia, o crime foi passional.

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