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Olho vivo

Suplício 1

Gleisi Hoffmann, em quem se colocava a culpa por todas as desgraças, deixou a Casa Civil já faz três semanas. E o STF, numa liminar do ministro Marco Aurélio, mandou a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) liberar os R$ 817 milhões do Proinveste para o estado. Essas duas notícias, consideradas ótimas pelo governador Beto Richa, não foram, no entanto, suficientes para amolecer o coração dos técnicos da STN.

Suplício 2

Conforme lamento levado ao ar ontem pela rádio CBN, o governador informou que "a STN exige agora mais alguns documentos". E repetiu a reclamação: "Não podemos aceitar esse tipo de discriminação com o nosso estado, que tanto contribui com a economia do Brasil".

Novo candidato 1

O presidente nacional do PDT, ex-ministro Carlos Lupi, reúne a tropa hoje em Foz do Iguaçu para debater a participação da legenda nas eleições majoritárias no Paraná. Por que logo em Foz do Iguaçu? A explicação é simples: desde março do ano passado, o PDT se fixou na tese de candidatura própria e definiu o nome do ex-prefeito de Foz, Paulo MacDonald, como candidato ideal. Na época, a única condicionante seria a eventual decisão de Osmar Dias de sair para o Senado na chapa da petista Gleisi Hoffmann.

Novo candidato 2

A condição já está praticamente descartada: Osmar prefere permanecer como vice-presidente do Banco do Brasil e não disputar cargo algum. Com isso, o plano B ganhou força e é possível que MacDonald seja ungido hoje como oponente de Beto e Gleisi na sucessão estadual. O ex-prefeito – que na sua gestão conseguiu colocar três escolas de Foz na lista das dez melhores do país – há um ano antecipara à coluna a intenção de concorrer ao governo.

Como se previa, a confusão está armada: o Setransp, o sindicato das empresas do transporte coletivo que prestam serviços em Curitiba e 13 municípios metropolitanos, entrou mesmo no Tribunal de Justiça com mandado de segurança contra a decisão do Tribunal de Contas que determinou a redução de 43 centavos na tarifa técnica. O desembargador Marques Cury, sorteado relator, pode tomar uma decisão a qualquer momento – de preferência antes do próximo dia 26, data-base para o reajuste tarifário anual.

O mais provável é que o Tribunal de Justiça dê ganho de causa às empresas – ou seja, a tarifa vai subir e não baixar. O Setransp argumenta que o TC está legalmente impedido de fazer controle prévio – isto é, não pode decidir sobre algo que ainda não aconteceu, no caso a fixação da nova tarifa, que só será definida entre a prefeitura e as empresas no dia 26. Argumenta também que o Tribunal de Contas não deu oportunidade para a defesa antes de determinar a redução, em detrimento do equilíbrio financeiro das empresas.

A prefeitura também mostra alguma insatisfação em relação ao Tribunal de Contas. Ontem, o prefeito Gustavo Fruet mandou ofício ao TC para que este se pronuncie urgentemente sobre a legalidade da licitação que, em 2010, escolheu os consórcios que operam a Rede Integrada de Transporte (RIT). Uma auditoria feita pela Urbs no ano passado apontou supostas irregularidades. O relatório foi encaminhado ao TC, que até ontem, porém, não se pronunciou sobre ele.

Moral da história: antes de falar em redução de tarifa, o TC teria de julgar a legalidade dos contratos. Se não o fez até agora, a prefeitura, em tese, estaria obrigada a cumprir seus termos e promover o reajuste. Assim como, em tese, se o TJ nada decidir antes do dia 26, a prefeitura terá de cumprir a redução decretada pelo TC. Em último caso, sem saber exatamente como proceder, pode também congelar a tarifa do usuário nos atuais R$ 2,70 até que se resolva definitivamente o imbróglio jurídico.

E aí entra um novo complicador: motoristas e cobradores aceitarão ficar sem aumento salarial? Ou farão greve?

Placar ruim

Ficou para daqui duas semanas nova sessão de julgamento do Órgão Especial do Tribunal de Justiça sobre a liminar que afastou o ex-deputado Fabio Camargo da cadeira de conselheiro do Tribunal de Contas. Ontem, o desembargador Augusto Aniceto – que na sessão anterior pedira vista do processo – votou a favor de Camargo. A desembargadora Regina Portes, autora da liminar, rebateu os argumentos de Aniceto, mas novo pedido de vista interrompeu outra vez o julgamento.

O placar da votação até agora não favorece Camargo. A ampla maioria segue o voto da relatora e é possível que – se não houver nova paralisação – já na próxima sessão seu destino esteja selado. E, então, a Assembleia poderá iniciar os procedimentos para eleger um novo conselheiro.

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