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A combinação de uma oposição sem bandeiras mobilizadoras, repasses generosos do Orçamento aos movimentos sociais, estudantil e sindical, a ocupação de postos-chaves na esfera federal e a relação histórica desses movimentos com o PT construiu um apoio cada vez mais explícito e entusiasmado por estas entidades ao governo Lula.

No primeiro mandato as centrais sindicais receberam R$ 91,1 milhões, diretamente do Orçamento da União, e ajuda indireta de estatais, com patrocínios. Em 2007, somente Petrobras e Caixa já destinaram R$ 1,1 milhão a essas entidades. Ano passado, o governo diluiu a distribuição de recursos para as centrais utilizando os orçamentos de estatais e outros órgãos da administração indireta — dados que não são disponíveis no Siafi.

Envolvidos em problemas internos, os dois principais partidos que se opõem ao governo, PSDB e DEM (ex-PFL), não estariam conseguindo cumprir o seu papel de fiscalizar e apontar os erros da atual gestão.

A prática não surgiu no governo Lula. O repasse de recursos do Orçamento a entidades do terceiro setor, sindicatos e outras organizações não-governamentais ampliou-se a partir da lei que criou as Organizações da Sociedade de Interesse Público (Oscips), em 1999.

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