• Carregando...

Em depoimento à CPI do Apagão Aéreo na Câmara nesta terça-feira (22), o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, Jorge Botelho, disse que os controladores de vôo podem ter cometido falhas no dia do acidente com o avião da Gol no ano passado que matou 154 pessoas. Mas ressaltou, porém, que erros podem ter ocorrido por problemas estruturais no setor.

"Ao meu ver, pode ter havido erros dos controladores. Agora, não admito que, querendo punir os controladores, não se queiram punir as autoridades que não propiciaram a solução das deficiências que poderiam ter levado os controladores ao acidente", disse.

"Não podemos tirar de foco: se for detectado que estavam mal preparados, isso é culpa dos gestores. Que se cobre daqueles que tinham o dever de colocar condições confiáveis para que os controladores trabalhassem", afirmou.

O depoimento começou esvaziado, com poucos parlamentares da CPI presentes. Botelho afirmou aos deputados que há zonas cegas no sistema aéreo brasileiro. "Há falhas, setores que não há detecção. É o que chamaríamos de zonas cegas".

Ele defendeu ainda a desmilitarização do setor. "É uma crise que tem que ser debatida na aviação como um todo. Uma mudança de gestão. Não vemos maneira nenhuma de resolver esse problema estando esse setor subordinado à soberania militar", afirmou.

"Hierarquia, disciplina, ordem? Isso não pode ser motivo de supressão para ninguém. Se é questão de ordem, por que ninguém quer resolver essa bagunça no setor de recursos humanos?", disse.

A CPI quer ouvir ainda nesta terça o presidente da Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo, sargento Wellington Rodrigues.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]