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O advogado do sargento da PM do Rio Grande do SulCésar Rodrigues de Carvalho informou nesta quinta (9), que, em depoimento ao Ministério Público, o militar revelou os nomes dos superiores que teriam dado a ele ordens para acessar dados confidenciais no sistema Consultas Integradas do governo gaúcho.

Adriano Marcos Santos Pereira, advogado do sargento, disse ao G1, por telefone, que, como a investigação corre em sigilo, não é possível tornar públicos os nomes revelados pelo sargento

O militar está preso desde sexta-feira (3) e prestou depoimento por mais de seis horas nesta quinta-feira em Canoas (RS). Além do Ministério Público, o depoimento teve a participação de três brigadeiros que conduzem um inquérito policial militar sobre o caso.

Segundo a acusação, Pereira usou sua senha no sistema para acessar dados confidenciais de mais de 20 autoridades, como o candidato do PT ao governo, Tarso Genro, e a própria governadora, Yeda Crusius (PSDB). Ele é acusado também de envolvimento com contraventores. O sargento Rodrigues teria recebido propina de bingos.

"Ele manteve o que já estava dizendo. Ele disse o nome das pessoas a quem ele respondia, aquelas pessoas que são superiores dele. Não tem nome novo", disse o advogado.

Adriano Pereira afirmou que, no depoimento, a maior parte dos questionamentos a seu cliente tinha como base as acusações feitas pelo delator do esquema. O advogado disse também que foram apresentadas à defesa algumas das provas que estão sendo levantadas pelo Ministério Público em na investigação.

"Ele rebateu cada uma das acusações. Foi um depoimento tranquilo. Eles apresentaram algumas coisas que estão em sigilo de justiça e foram respondidas. Tem ainda algumas coisas que vamos ter que rebater depois", afirmou o advogado.

A defesa já pediu a revogação da prisão do sargento. O pedido, segundo o advogado, continua nas mãos do Ministério Público. Caso o pedido seja negado, a defesa pretende pedir a liberdade para o Tribunal de Justiça do Estado. O G1 procurou o Ministério Público, mas a assessoria informou que não haverá nenhuma manifestação do órgão nesta quinta-feira.

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