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Após a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no programa da candidata a presidente Dilma Rousseff (PT), na terça-feira, feriado do Dia da Independência - quando acusou os adversários de partirem para os "ataques pessoais" e "baixaria" -, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, usou hoje o tempo no horário eleitoral gratuito na televisão para manifestar a "indignação" sobre o episódio do vazamento de dados fiscais da filha Verônica Serra e do genro, o empresário Alexandre Bourgeois. Serra afirmou que o episódio está ligado ao PT e condenou o "deboche" do governo no caso.

"Ninguém pode achar natural os abusos que estão ocorrendo nestas eleições", afirmou ele, que abriu a publicidade eleitoral gratuita. Serra ainda acusou Dilma de se "esconder" atrás da administração federal e evitar dar explicações. "Eu não cheguei na vida pública agora, não. Não preciso ficar na sombra de ninguém", alfinetou, após listar os feitos como ministro da Saúde, prefeito de São Paulo e governador do estado.

O candidato do PSDB a presidente, que usou a maior parte da publicidade eleitoral para responder aos petistas, disse que, se for eleito, não permitirá quebra de sigilo dos cidadãos e perseguição a jornalistas. "Meu governo não será um cabide de emprego para os amigos do partido", completou. Há pouco menos de um mês da eleição, Serra disse que "vai correr muita água por debaixo da ponte" e que "tem gente sentando na cadeira" antes do resultado das urnas.

Na sequência do programa do candidato do PSDB, veio o PSOL, que repetiu a publicidade de terça-feira, na qual trouxe o depoimento do caseiro Francenildo Costa, o "Nildo", sobre o vazamento de dados bancários em 2006, ação que culminou na queda do ministro então ministro da Fazenda e atual deputado, Antonio Palocci (PT-SP). "O PSOL foi o único partido que esteve do meu lado", contou "Nildo". Já o programa da candidata a presidente Marina Silva (PV) repetiu o anterior e não tocou na questão do vazamento dos dados fiscais na Receita Federal.

Petistas

Os petistas preferiram repetir a publicidade do Dia da Independência, na qual foi destacado o crescimento do Brasil nos últimos anos, os projetos de erradicação da pobreza, o pré-sal e o "respeito" que o país tem atualmente no exterior. Dilma apresentou-se como a candidata que sucederá Lula para consolidar os avanços. No fim, foi repetida a mensagem do presidente em que chama a atitude dos opositores de "desespero" e "preconceito contra a mulher".

"Dilma tem feito uma campanha elevada, discutindo propostas e ideias, mostrando o que fizemos e o que ainda faremos pelo Brasil", disse o presidente. "Mas, infelizmente, nosso adversário, candidato da turma do contra, que torce o nariz para tudo o que o povo brasileiro conquistou nos últimos anos, resolveu partir para os ataques pessoais e para a baixaria", criticou.

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