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O juiz federal Sérgio Moro acatou nesta terça-feira (16) a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra os executivos da Mendes Junior, investigados na Operação Lava Jato. O documento denuncia 16 pessoas por formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção.

São citados na denúncia o vice-presidente executivo da empresa Sérgio Cunha Mendes, o diretor de óleo e gás Rogério Cunha de Oliveira, o vice-presidente corporativo Ângelo Alves Mendes, o representante Alberto Elísio Vilaça Gomes, o engenheiro e gerente de contratos José Humberto Cruvinel Resende e os funcionários Antônio Carlos Fioravante Pieruccini, Mário Lúcio de Oliveira, Ricardo Ribeiro Pessôa, João de Teive e Argollo e Sandra Raphael Guimarães.

Além disso, foram denunciados também o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa e pessoas ligadas à empresa de fachada GFD Investimentos: Waldomiro Oliveira, Carlos Alberto Pereira da Costa, João Procópio Prado e Enivaldo Quadrado.

Em seu despacho, Moro ressalta a responsabilidade dos grandes executivos da Mendes Junior no esquema denunciado. "Parece, ademais, pouco plausível que esquema criminoso na magnitude do narrado na denúncia fosse desconhecido da direção das empresas", afirma.

As primeiras audiências do caso também já foram marcadas pelo juiz federal. "Considerando que quatro acusados estão presos preventivamente e o direito dos acusados a um julgamento rápido nessas circunstâncias, designo desde logo audiência para oitiva de testemunhas de acusação em Curitiba", diz o despacho. Nos dias 11 e 12 de fevereiro do ano que vem devem ser ouvidas as primeiras testemunhas do caso, listadas pelo MPF. Outras denúncias

Essa é a quarta denúncia aceita pela Justiça Federal referente à sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada no dia 14 de novembro. O juiz federal Sérgio Moro ainda deve acolher as denúncias contra executivos da UTC e Camargo Correa e a denúncia que envolve a diretoria Internacional, comandada pelo ex-diretor Nestor Cerveró.

Até agora, foram aceitas as denúncias contra executivos das empresas OAS, Galvão Engenharia e Engevix, além da Mendes Junior, acatada hoje.

Todas as denúncias dizem respeito a irregularidades na diretoria de abastecimento, comandada pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, que fechou um acordo de delação premiada para colaborar com as investigações em troca de uma pena menor.

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