Um efeito positivo da crise é que, sob pressão, muitos profissionais acabam por buscar respostas que não buscariam em tempos mais tranquilos. “A procura para soluções de ordem legal aumenta significativamente”, observa o advogado Odacyr Prigol.
O profissional, que trabalha com mais seis advogados associados em seu escritório, conta que já passou por outras crises e que aprendeu a estreitar os relacionamentos com os clientes nesses momentos. Ele explica que, por conviver bastante com empresários, por exemplo, o profissional da advocacia é capaz de avaliar o nível das dificuldades pelas quais seu cliente está passando apresentar sugestões para que não haja rompimento do contrato.
Prigol considera que a crise é “amiga da advocacia”. Ele diz que é natural que os profissionais sintam certo receio, mas, por outro lado, podem oferecer serviços que não ofereceriam. “O advogado é muito criativo. Muitas das teses discutidas em ações de ordem contratual são concebidas nos momentos de crise”.
Sem crise
Para o advogado Caio Amim, que trabalha com mais três advogados, a crise não afeta a advocacia, já que a profissão não tem uma prática mercantilista e os fatos que levam pessoas a procurarem os advogados não deixam de acontecer: “Acidentes de trânsito, ou assaltos não vão deixar de ocorrer porque há crise. ” Ele reconhece que o percentual que se negocia com os clientes pode ficar mais baixo, mas isso não reduz a carga de trabalho. “Honorário são reflexo do trabalho do advogado e não o contrário”, avalia Amim.
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