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Dilma Rousseff: muitas negociações para agradar a partidos aliados, Lula e governadores | Ricardo Moraes/Reuters
Dilma Rousseff: muitas negociações para agradar a partidos aliados, Lula e governadores| Foto: Ricardo Moraes/Reuters
  • Confira a lista dos integrantes do primeiro escalão anunciados para o governo Dilma

Em meio às disputas partidárias, sugestões de Lula e palpites de governadores aliados, Dilma Rousseff só teria bancado pessoalmente até agora a indicação de um ministro. O ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) é amigo da presidente eleita e teria sido convidado ontem para assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. O petista concorreu em outubro ao Senado por Minas Gerais, mas perdeu para Aécio Neves (PSDB) e Itamar Franco (PPS).Na lista de nomes dados como certos até agora, seis já integravam a gestão Lula. Na equipe econômica, a coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento, Miriam Belchior, vai para o Ministério do Plane­­­jamento, o diretor de normas do Banco Central, Alexandre Tombini, assume a presidência da instituição e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, segue no cargo.

Já o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci vai para a Casa Civil, e o atual chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, para a Secretaria-Geral da Presidência. O atual ministro da Defesa, Nelson Jobim, também permanecerá no posto, assim como os colegas das Relações Institu­­­cionais, Alexandre Padilha, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Entre as três novidades que surgiram ontem, Paulo Bernardo migrará do Plane­­­jamento para as Comu­­­nicações.

Além de Pimentel, o único indicado que não integrava o governo Lula é o secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes. Ele foi escolhido a pedido do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Na prática, Dilma trocará um peemedebista fluminense, o atual ministro José Gomes Temporão, por outro.

As decisões recentes demonstram que haverá alterações no loteamento dos ministérios. O PMDB perdeu as Comunicações, pasta que até abril foi comandada pelo senador mineiro Hélio Costa, e o Banco Central, presidido atualmente por Henrique Meirelles. Por outro lado, permanece com a Saúde, Defesa e possivelmente com Agricultura e Minas e Energia.

Nessas duas áreas pendentes, o partido apresentará soluções conservadoras. Quer manter Wágner Rossi na Agricultura e reconduzir o senador Edison Lobão (MA) para Minas e Energia. Para compensar a perda de terreno, a legenda também quer herdar o Ministério das Cidades.

No governo Lula, a pasta ficou com o PP. O partido, no entanto, ficou neutro durante a disputa presidencial e está enfraquecido entre os aliados de Dilma. Em alguns estados, como o Paraná, chegou a se coligar com o PSDB.

Os dois peemedebistas cotados para a vaga são o deputado federal gaúcho Mendes Ribeiro e o fluminense Moreira Franco, que até julho foi vice-presidente de Fun­­­dos e Loterias da Caixa Econômica Federal. Vencida a negociação com o PMDB, falta negociar com os demais membros da aliança governista. Por ordem de grandeza, o próximo da fila é o PSB.

O partido ocupa atualmente duas pastas – Ciência e Tecno­­­logia e Portos. A legenda vai perder a primeira para o PT – Aloizio Mercadante vai ocupar o cargo – mas deve ganhar a Integração Nacional. Outros parceiros, como PCdoB e PDT querem pelo menos manter os atuais espaços.

Os comunistas comandam o Esporte, que ganhará destaque com a realização da Copa de 2014 e os preparativos para a Olim­­píada de 2016, no Rio de Janeiro. Já o presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, planeja se manter como ministro do Trabalho.

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