Ilha das Cobras abriga casa de praia do governador do Paraná: local não é visitado por Richa desde 2011.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Ao voltar da Base Naval de Aratu, na Bahia, onde passou o feriado de carnaval, a família Temer decidiu que voltaria a morar no Palácio Jaburu. Depois de passarem uma semana morando no Palácio da Alvorada, Marcela, Michelzinho e Michel Temer não se adaptaram às acomodações e por isso voltaram à residência da vice-presidência. A partir de agora, o Alvorada entra para a lista de residências oficiais públicas não habitadas.

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À disposição de Michel Temer, além do Jaburu e do Alvorada, também está a Granja do Torto. O imóvel tem área de 37 hectares e conta com lago e córrego artificiais, piscina, campo de futebol, quadra poliesportiva, churrasqueira, heliponto e uma área de mata nativa. Dilma chegou a morar na Granja por um breve período, em 2010, depois de eleita, mas antes de ser empossada para o cargo.

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Mas residências oficiais não são exclusividade da Presidência da República. No Paraná, por exemplo, os governadores têm dois imóveis à disposição: a Granja do Canguiri, localizada em Pinhais; e a Ilha das Cobras, no litoral do estado.

O governo do Paraná não informou o dinheiro gasto na manutenção dos imóveis, mas afirmou que as despesas se resumem à manutenção das casas, o que incluiu limpeza, luz, água e reparos e pinturas eventuais.

Desde que assumiu o primeiro mandato, em 2011, o governador Beto Richa (PSDB) nunca morou em nenhuma das duas residências oficiais. Richa e sua família moram em um apartamento particular e as despesas não são pagas com dinheiro público.

Segundo a assessoria do governador, o uso das residências públicas é raro. A última vez que esteva na Ilha das Cobras foi em 2011 e a Granja do Canguiri é usada esporadicamente para reuniões.

Em 2015, o governo chegou a fazer estudos para a venda do Canguiri. O imóvel foi incluído em uma lista de propriedades que o governo do Paraná pretendia vender e que foi enviada por equívoco à Assembleia Legislativa. À época, o líder do governo no legislativo, Luiz Claudio Romanelli (PSB), afirmou que “nunca se cogitou vender o Canguiri”.

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Estados em crise

Governos de outros estados, entretanto, estudam a venda das residências oficiais. No Rio de Janeiro, a crise financeira ensejou a inclusão do Palácio da Ilha de Brocoió em uma lista de dois mil imóveis que o estado tem interesse em vender para reforçar o caixa. Também subutilizado, o imóvel de veraneio do governador do Rio foi visitado pelo chefe do executivo pela última vez há mais de dez anos. Os últimos a se hospedarem por lá foram o casal Anthony e Rosinha Garotinho.

Também com as finanças combalidas, o governo do Rio Grande do Sul estuda a venda do Palácio das Hortênsias, residência oficial localizada em Canela, na Serra Gaúcha. Assim como nos outros casos, o motivo da venda ser cogitada é o pouco uso aliado aos gastos com manutenção.