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O promotor Nadir de Campos Júnior afirmou que só o Superior Tribunal de Justiça (STJ) poderá impedir as manobras para adiar o julgamento de Suzane von Richthofen, ré confessa da morte dos pais, Marísia e Manfred von Richthofen. O promotor afirmou que já sabe qual é o próximo 'factóide' a ser apresentado pelos advogados de defesa de Suzane:

- Vão dizer que a mãe dela, Marísia, mantinha um relacionamento homossexual. Se Suzane continuar em prisão domiciliar, vai continuar abatendo esse período de sua pena tomando chocolate e vendo a Copa do Mundo - afirmou o promotor.

Suzane só será julgada este ano se o STJ negar a ela a liberdade provisória. Se ela ganhar o direito de aguardar o julgamento em liberdade provisória, Campos Júnior acredita que os advogados simplesmente faltarão ao Tribunal do Júri marcado para o dia 17 de julho e Suzane recusará a assistência do defensor público indicado para acompanhar o caso. Além disso, os Cravinhos, que estão presos, terão de obrigatoriamente ser julgados primeiro.

- Ele (o advogado) pode inventar espírito Negão, dizer que ela foi estuprada pelo pai, falar mal da mãe. Vamos derrubar uma a uma todas as versões criadas para o caso - diz o promotor.

O Ministério Público decidiu não pedir abertura de inquérito para investigar se Astrogildo Cravinhos - o pai de Daniel e Cristian Cravinhos, executores do crime - sabia ou não do plano para a morte dos pais de Suzane. Campos Júnior afirmou que Suzane e Astrogildo já foram acareados durante a fase de processo e ficou provado que ela mentia.

O promotor afirmou que espera que o Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) analise o comportamento do advogado Mauro Nacif.

Nesta terça-feira, segundo o promotor, Nacif pediu para incluir no processo as entrevistas que deu à imprensa falando que Suzane era amedrontada por Daniel Cravinhos, que falava a ela sobre ameaças do 'espírito Negão'.

- A primeira versão para o crime foi de latrocínio, roubo seguido de morte; depois, Suzane tentou culpar uma das empregadas. Mais tarde, inventou que havia sido estuprada pelo pai. Outra tese para amenizar a culpa foi a de coação moral irresistível por parte do Daniel. Tentou ainda dizer que era inimputável e alienada mental por ter agido sob efeito de maconha. Agora, apareceu o espírito Negão e o próximo é o suposto homossexualismo da mãe - resume.

E finaliza:

- Não é o padrão de um advogado sério.

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