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Com indiciamento pedido pela CPI dos Correios, o publicitário Duda Mendonça disse nesta sexta-feira que está engasgado, mas que vai chegar o dia em que falará tudo o que sabe sobre o escândalo do valerioduto. Disse também que, em respeito à promessa feita à família, não fará mais campanhas políticas no Brasil. Acusado de evasão de divisas, sonegação fiscal, entre outros crimes, já que recebeu pelo menos R$ 10 milhões do PT via valerioduto no exterior, ele disse que está escrevendo um livro.

— Nunca mais faço campanha política aqui. No exterior, talvez — disse, na noite de ontem, ao chegar ao campus da Universidade Católica de Salvador (Ucsal), onde deu a aula inaugural para uma turma do curso de marketing político.

Duda chegou por volta das 19h, acompanhado da mulher. Entrou pela porta da frente e, diferentemente das aparições anteriores, demonstrou tranqüilidade e descontração. Relatou as dificuldades que enfrenta desde que foi preso, sob a acusação de envolvimento com rinhas de galo, até agora, com o indiciamento por evasão de divisas.

— Na guerra política é um vale-tudo. É uma guerra nem sempre escrupulosa e eu fui envolvido nela — disse, reafirmando que continuará calado, por ordem dos advogados:

— Embora seja difícil para mim, meus advogados me disseram que a melhor coisa era eu ficar calado, mas vai chegar o tempo de eu falar.

Duda disse que sua relação com o presidente Lula é distante hoje:

— A esta altura sou apenas um torcedor dele. Não sou mais assessor, nem o seu marqueteiro, mas torço para que ele se reeleja e voto nele.

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