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Democracia em risco? Aposto que você ouviu ou pensou isso nos últimos dias. Qualquer um que acompanhe as notícias viu uma ameaça real ao chamado Estado Democrático de Direito após a escalada de tensão entre a alta cúpula do Judiciário e o presidente Jair Bolsonaro na última semana.

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O estopim foi a entrevista do presidente da República e do deputado Filipe Barros (PSL-PR), relator da PEC do voto impresso auditável na comissão especial da Câmara, ao programa Pingos Nos Is, da rádio Jovem Pan. Os dois revelaram detalhes da investigação da polícia federal sobre um ataque hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral, em 2018.

Se não prova que houve fraude nas eleições, impedindo que Bolsonaro vencesse no primeiro turno, como muitos alegam que teria ocorrido, o inquérito da PF e a confissão do funcionário do TSE considerado o pai das urnas eletrônicas confirmam que o sistema eleitoral não é inviolável como pregava o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso.

O problema é que ele e os demais colegas de tribunal (e também os colegas do STF, outra corte na qual Barroso trabalha) decidiram dobrar a aposta, insistindo na segurança do sistema eleitoral e acusando o presidente de estar mentindo.

Voto auditável e Fake News

Por causa da revelação sobre o inquérito da PF e das insinuações que fez contra o presdiente do TSE, ministro Luís Roberto Barrroso, Bolsonaro foi alvo de uma notícia-crime. Foi também incluído no famigerado inquérito das Fake News, comandado pelo ministro Alexandre de Moraes, no STF, que corre à revelia do Ministério Público, como manda a Constituição.

É por essas e outras que a pergunta do início do texto está tão em voga: a democracia está mesmo em risco? Há mais corda por esticar? Quem está mentindo nessa história, afinal? E a decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira, de levar a PEC do voto impresso auditável para votação em plenário pode acalmar os ânimos ou põe ainda mais lenha na fogueira?

Além de todos esses questionamentos a população, que foi às ruas aos milhares há poucos dias apenas para defender o voto auditável e pedir por eleições mais transparentes, tem mutias outras dúvidas.

O povo não deveria ser, afinal, o que detém o poder? Não é isso que diz nossa Constituição? O Judiciário não deveria defender o respeito às leis em vez de ignorá-las? Quando o povo não é ouvido por seus representantes eleitos e pelos funcionários públicos do mais alto escalão, a democracia se sustenta?

Democracia em debate

Depois dessa semana de ânimos tão acirrados entre Judiciário, Executivo e Legislativo, chegamos ao 6º episódio de Hora do Strike com muita gente temendo um "strike" na República. Não à toa este foi o tema escolhido para o programa em que os analistas de política Gustavo Gayer e Kim Paim conversam comigo e com mais um comentarista convidado.

Quem ocupa a quarta janela do programa desta segunda (9) é o jornalista Paulo Figueiredo, que já esteve conosco no 2º episódio, em 12/07, quando discutimos justamente o voto auditável, além das passeatas pela liberdade em Cuba e da indicação de André Mendonça para a vaga de Marco Aurélio Mello no STF.

Paulo Figueiredo é empresário, economista e jornalista. Ele é formado em Relações Internacionais pela London School of Economics, na Inglaterra, em US Government e Negociação na Universidade de Harvard e em Economia no Massachusetts Institute of Technology (MIT), noa Estados Unidos. E faz análises políticas e econômicas em seu próprio canal do YouTube e em programas jornalísticos.

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