O ex-governador do Paraná Orlando Pessuti confirmou ao blog De Brasília ter desistido da candidatura ao Senado, permanecendo na cadeira de diretor-presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
No final de 2017, Pessuti parecia firme na ideia de disputar um cargo majoritário nas urnas, ignorando problemas evidentes, como o impasse com o senador Roberto Requião, à frente do PMDB no Paraná.
Alvo de três pedidos de expulsão do PMDB, articulados por Requião, Pessuti é até hoje considerado pelo senador um filiado em condição precária, mantido na legenda graças à ajuda da cúpula em Brasília.
E, ao se lançar pré-candidato, no ano passado, Pessuti não só desejava viabilizar sua campanha filiado ao PMDB como também planejava fazer uma dobradinha com um aliado do PSDB, o ex-governador do Paraná Beto Richa, que também quer uma das duas vagas abertas no Senado em 2019.
Os planos não vingaram.
Até aqui, tudo indica que, na aliança com o PP da família Barros, Beto Richa deve sair candidato ao Senado ao lado do deputado federal Alex Canziani (PTB), sem espaço para Pessuti na chapa.
Além disso, dentro do PMDB, nada mudou: qualquer decisão ainda passa necessariamente pelo senador Requião, adversário de Beto Richa.
Assim, Pessuti desiste da candidatura, segue “pendurado” no PMDB, e também continua ligado ao grupo de Beto Richa, que o mantém no comando do BRDE.
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