• Carregando...
Las Tres, um vinho branco sublime, combinando três, uvas, produzido pela Bodega Chozas Carrascal, da Espanha, e agora também disponível por aqui.
Las Tres, um vinho branco sublime, combinando três, uvas, produzido pela Bodega Chozas Carrascal, da Espanha, e agora também disponível por aqui.| Foto: Divulgação

Uma ótima linha de vinhos espanhóis está chegando a Curitiba. Ótima mesmo, de Denominação de Origem Pago (DO Pago), que tem um significado especial em relação aos vinhos comuns, além de sabores personalizados entre os mais acentuados e os mais delicados.

São os produtos da Bodega Chozas Carrascal, vinhos mediterrâneos de altitude, uma vinícola familiar em atividade desde 1990. Alguns dos vinhos do portfólio foram apresentados dias atrás, em almoço harmonizado no restaurante Las Tablas, com a presença do sócio-diretor da empresa espanhola, Jorge Peidro Montaner, que apresentou um a um dos vinhos consumidos no almoço e discorreu sobre a história e os conceitos da vinícola.

Jorge Peidro Montaner, diretor da Chozas Carrascal, apresentou seus vinhos em almoço harmonizado no Las Tablas.
Jorge Peidro Montaner, diretor da Chozas Carrascal, apresentou seus vinhos em almoço harmonizado no Las Tablas.| Foto: Divulgação

Vinhos mediterrâneos

Desde os anos 90, então, a família López Peidro produz vinhos na região de Utiel-Requena, localizada a 70 km de Valencia. É uma região pouco conhecida – ou difundida – na produção de vinhos, pois basicamente o forte da produção espanhola se concentra basicamente na Rioja e na Ribera del Duero.

Todos os vinhos ali elaborados têm caráter puramente mediterrâneo, mas com duas variáveis adicionadas que modificam e refinam as uvas que a cada ano obtêm: a altitude do vinhedo, que vai de 750 a 840 metros, um dos mais altos do todo comunidade, ea proximidade com a Sierra Moreno. A fauna e a flora presentes em Chozas Carrascal também exercem sua influência, atraindo predadores naturais que ajudam a minimizar o trabalho no vinhedo.

É uma das áreas mais frias da região, por sua altitude e sua proximidade com a cordilheira Juan Navarro, de onde vêm os ventos dominantes do Norte. Sendo uma propriedade ligeiramente inclinada, não há grandes barreiras que impeçam a entrada direta dessa influência de frios do norte. A própria serra desacelera grande parte das nuvens que vêm do Mediterrâneo carregadas de água. Assim, as chuvas em Chozas Carrascal são menores do que em outras áreas da região, favorecendo o crescimento sadio dos cachos e valorizando suas características.

A alta altitude torna a maturação mais lenta, o que faz com as colheitas sejam atrasadas até 15 dias da média na região. É um fator que imprime um frescor único no vinho e, portanto, uma das razões pelas quais esses vinhos melhoram com o tempo, na garrafa.

Alguns dos vinhos de Pago da Bodega Chozas Carrascal que foram apresentados em Curitiba.
Alguns dos vinhos de Pago da Bodega Chozas Carrascal que foram apresentados em Curitiba. | Foto: Simone Meirelles/ Comer e Curtir

A apresentação

Simpático, didático e muito comunicativo, Jorge Montaner não escondeu sua paixão pelo que faz e pelo que apresenta. Fez questão de enfatizar que a Chozas Carrascal lançou seus primeiros vinhos orgânicos em 2009 e que, em 2112, recebeu a qualificação como produtores de Vinho de Pago, a denominação de qualidade que somente 17 bodegas da Espanha possuem – dentre mais de 5 mil vinícolas.

Todos os vinhos produzidos pela Chozas Carrascal são orgânicos, produzidos pela própria família e alguns exclusivos com garrafas numeradas e produção limitada.

Ao contrário das denominações de origem que seguem critérios geográficos (como Ribera e Rioja, por exemplo), os Vinhos de Pago têm diretamente a ver com as bodegas, em qualquer lugar da Espanha. Os critérios são um tantos complexos, mas pesam, entre outros fatores, serem propriedades familiares (como o dono à frente do empreendimento), produção baixa por hectare (mais qualidade e menos quantidade), vindima manual, barris de roble (carvalho), e vinhos considerados de qualidade excepcional.

E foi isso justamente que um grupo de convidados e jornalistas da área gastronômica provou nesse almoço do Las Tablas.

A harmonização

Milanesa a la parmeggiana, um dos pratos campeões do Las Tablas, entrou no menu de harmonização com os vinhos espanhóis.
Milanesa a la parmeggiana, um dos pratos campeões do Las Tablas, entrou no menu de harmonização com os vinhos espanhóis. | Foto: Divulgação

Para as boas-vindas, foi servido o Cava Chozas Carrascal (R$ 109), feito das uvas Macabeo e Chardonnay, com aroma intenso e frutado, de acidez equilibrada e muito frescor.

Para harmonizar, as entradas: Matambrito e Empanadas de dois sabores, carne (sensacional) e queijo. E uma Salada Giovanna, bem fresca e crocante. O primeiro cinho selecionado foi o Las Tres (R$ 129), produzido com três uvas, como diz o nome: Macabeo, Chardonnay e Sauvignon Blanc. Os três meses de envelhecimento em barrica de carvalho remetem a um sabor intenso e cativante. Um dos melhores brancos que provei nesse ano. Em seguida veio o rosé Las Cuatro (R$ 129), feito com as uvas Tempranillo, Garnacha, Syrah e Merlot. Também passa três meses em barrica de carvalho francês.

Duas opções de carne chegaram como prato principal: Ojo de bife (um clássico da casa, vencedor de melhor carne do Prêmio Bom Gourmet 2018) e Milanesa a la parmegiana, papas fritas e arroz com brócolis. E aí chegou outro vinhaço: Las Ocho (R$ 129), composto, evidentemente, por oito uvas: Bobal, Monastreli, Garnacha, Tempranillo, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Syrah e Merlot. Envelhece 14 meses em barrica de carvalho francês e 12 meses na garrafa. O resultado é uma cor rubi intensa, com toques frutados e de defumados, com uma mineralidade bem intensa, que permite harmonizar com as carnes de igual para igual.

O interessante é que, para os três vinhos – e os demais da bodega -, as uvas são colhidas e maturadas separadamente. Quando estão prontas é feita a assemblage, partindo daí para o envelhecimento.

Ainda tinha mais um, para a sobremesa - Panquecas de doce de leite com sorvete. Chegou o vinho muscat Domaine Perna Batut 2012 (R$ 109 – 500 ml)), que, ao contrário dos demais, era um vinho que já existia e vem de um vinhedo na França recentemente adquirido pela Chozas Carrascal.

O complexo Los Ocho harmonizou perfeitamente com os dois tipos de carne propostos no almoço.
O complexo Los Ocho harmonizou perfeitamente com os dois tipos de carne propostos no almoço. | Foto: Divulgação

A importação

Um grande momento gastronômico, pela alta qualidade dos pratos do Las Tablas e pela feliz harmonização com estes Vinhos de Pago, que somente vêm enriquecer nossos paladares.

A Chozas Carrascal chegou ao Brasil com estrutura própria e com o propósito de encurtar a distância do consumidor com a experiência do produtor. No Paraná, é representada com exclusividade pela empresa Jigger Spirits, dos empresários Rafael Ghignone (da Tesoros de Cuba) e Luciano de Pauli Jorge (Las Tablas).

Contatos podem ser feitos pelo fone (41) 3359-4031.

Os vinhos da Bodega Chozas Carrascal podem ser encontrados em Curitiba nos seguintes locais:

Restaurantes: Alessandro & Frederico, Pata Negra, Bobardí, Las Tablas, Bresser Pizzaria e Anarco;

Bares: Cosmo Gastro Bar, Ginger, Tesoros de Cuba e El Toro;

Delicatessen: Empório Merci, Beviamo, Adega Celeiro e Família Scopel.

A Bodega Chozas Carrascal fica na região da Valencia, Espanha, com vinhedos de até 840m de altitude.
A Bodega Chozas Carrascal fica na região da Valencia, Espanha, com vinhedos de até 840m de altitude. | Foto: Divulgação

=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=

Entre em contato com o blog:

Blog anterior: http://anacreonteos.blogspot.com/

Twitter: http://twitter.com/AnacreonDeTeos

E-mail: a-teos@uol.com.br

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]