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Cristiana Brittes
Cristiana Brittes responde na Justiça pela morte do jogador Daniel| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A menos de uma semana da retomada das audiências na Justiça com os acusados de envolvimento na morte do jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas, a defesa de Cristiana Brittes, esposa do assassino confesso Edison Brittes Júnior e denunciada por participar do crime, entrou com pedido de habeas corpus para tentar garantir que a ré passe a responder o processo em liberdade. O pedido vai ser analisado pela 1ª Vara de Criminal de São José dos Pinhais - a mesma que, no começo do ano, negou por duas vezes o pedido de prisão domiciliar a favor de Cristiana.

O recurso foi protocolado na última segunda-feira (26), três semanas depois de a filha do casal, Allana Brittes, 18 anos, também denunciada, ter deixado a cadeia por um habeas corpus aceito pelo plenário do Superior Tribunal de Justiça (STJ). No lugar da prisão, a defesa de Cristiana solicita que sejam cumpridas medidas cautelares, entre elas as de se apresentar à Justiça periodicamente e não manter contato com demais réus, incluindo Allana.

O argumento da defesa é que a ré nunca respondeu por nenhum outro crime e que existe a "possibilidade concreta de ela ter sido vítima, pelo menos, de uma importunação sexual” - tese descartada pela Polícia Civil.

Além disso, os advogados pontuaram que Cristiana não apresenta mais "risco para o andamento do processo", uma vez que tanto testemunhas de defesa como de acusação já prestaram seus depoimentos nas audiências de instrução e julgamento, fase que ajuda a Justiça a decidir se o caso deve ou não ir para o Tribunal do Júri. É dentro desse rito que tanto Cristiana como os outros seis réus prestarão, nos próximos dias 4, 5 e 6 de setembro, seus depoimentos formais à Justiça.

Cristiana Brittes foi denunciada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por homicídio qualificado por motivo torpe, coação de curso de processo, fraude processual e corrupção de adolescente.

O caso

O corpo do jogador Daniel foi encontrado na manhã do dia 27 de outubro de 2018 em um matagal de São José de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (RMC). A vítima teve o pescoço quase degolado e o pênis decepado.

Antes de ser assassinado, o atleta havia passado a noite na festa de 18 anos de Allana. Depois da comemoração em uma casa noturna no bairro Batel, em Curitiba, o jogador acompanhou a família e outros amigos da jovem para uma outra festa na casa da família Brittes, onde foi espancado e, depois, levado para um matagal em São José dos Pinhais.

Edison Brittes admitiu ter matado o jogador após supostamente tê-lo flagrado tentando estuprar sua esposa. Contra Allana pesam as investigações de ter enviado mensagens a duas testemunhas com o intuito de combinar detalhes do caso que seriam dados à polícia. O encontro ocorreu em um shopping no dia seguinte à morte do atleta.

Além da família Brittes, são réus também no processo David Willian da Silva, por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de adolescente; Ygor King (homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de adolescente); Eduardo Henrique da Silva (homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de adolescente); e Evelyn Brisola, que também responde em liberdade por denunciação caluniosa, fraude processual e corrupção de adolescente.

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