| Foto: Reprodução/Facebook

Um barco com 88 passageiros afundou no fim da tarde deste domingo (7) na travessia entre a Ilha do Mel e Pontal do Paraná, no Litoral do estado. Os problemas foram comunicados pela tripulação via rádio e o socorro chegou rápido. Ninguém ficou ferido, mas, mesmo assim, o pânico tomou conta de quem estava na embarcação. E o que mais chama a atenção é que barco que naufragou tinha sido enviado para socorrer o grupo após uma primeira embarcação falhar em alto mar.

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A funcionária pública Rose Carmazem estava entre o grupo e relatou parte dos momentos sombrios vividos ali. Segundo ela, o naufrágio foi com um barco de passageiros que haviam passado o dia na Ilha do Mel. O transporte fazia parte de um pacote comprado em uma agência de turismo de Paranaguá, também no Litoral.

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Ainda de acordo com ela, o naufrágio foi o segundo incidente da viagem. O primeiro problema ocorreu ainda na travessia da manhã, quando o grupo se dirigia à ilha. O barco que os levava parou e teve de ser substituído pela barca que afundou, chamada de Achalana. “Já quando nós saímos vimos que o barco estava empinado e o motor estava diferente, não fazia o mesmo barulho de quando chegamos na ilha”, disse a funcionária.

Equipes tentam tirar a água do barco na tarde desta segunda-feira (8) 

Ela contou também que, ao perceber que havia algum problema, um dos tripulantes ficou na parte de trás para sinalizar possíveis contratempos. Foi quando outros passageiros foram para a popa e tentaram equilibrar a embarcação, que começou a se encher de água após uma falha na bomba de água. “A bomba de água não aguentou e foi onde começou a verter por cima do barco. Aí veio aquele desespero total. Tinha muito idoso e muita mulher com criança. As mulheres entraram em pânico e começaram a correr dentro do barco. Aí foi o erro, porque o barco começou a balançar demais e vinham as ondas e jogavam mais água para dentro”, relembra.

Segundo a passageira, logo que a embarcação começou a afundar, a tripulação lançou um sinalizador e comunicou o fato via rádio. Instantes depois, uma lancha com dois casais de Curitiba se aproximou. Rose, o marido e o filho de 15 anos foram os primeiros a entrar na lancha. Eles levaram junto duas outras crianças que estavam na Achalana - com capacidade para 90 pessoas.

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Ao mesmo tempo, outros barcos se aproximaram e conseguiram resgatar todos os passageiros. “Foi um pânico total. Tinha mãe lá com bebê de um mês. Imagina. A nossa sorte foi que isso aconteceu bem próximo ao porto e o socorro foi rápido. Senão seria mesmo uma tragédia”, pontuou Rose. De acordo com ele, os passageiros tiveram apoio da agência de turismo durante todos os momentos depois do acontecido.

Com a chegada do socorro e saída dos passageiros, o barco foi rebocado sem afundar totalmente.

A reportagem não conseguiu localizar a agência de viagens responsável pelo passeio.

A Associação de Barqueiros do litoral norte do Paraná (Abaline) acrescentou que embarcação não pertence à entidade e que ela afundou cerca de 20 minutos após deixar a ilha, o que facilitou o socorro. Dois barcos da associação foram para o local. Somente um deles foi necessário para abrigar todos os passageiros. O outro ajudou no reboque para dentro do rio de Pontal do Sul.

Em nota, a Capitania dos Portos no Paraná disse que já abriu inquérito para apurar as causas do acidente e afirmou que o proprietário da embarcação comparecerá na próxima semana para prestar esclarecimentos.

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