Fila de ambulâncias no pronto-socorro de Curitiba.| Foto: RPC
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Uma fila de ambulâncias com pacientes para dar entrada no pronto-socorro do Hospital do Trabalhador, na noite de sexta-feira (9), em Curitiba, foi motivo de preocupação para as equipes de saúde da capital. Havia pacientes esperando atendimento em macas do lado de fora. Segundo a diretoria do HT, a fila ocorreu por causa do aumento no registro de traumas por acidentes de trânsito, principalmente envolvendo motocicletas.

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As vagas nos leitos do setor de urgência e emergência da instituição entraram no sistema chamado de vaga zero, quando não há mais como receber pacientes. Com isso, outros dois prontos-socorros, o Cajuru e o Evangélico Mackenzie, também acabaram sentindo os efeitos da alta demanda por leitos e zeraram as vagas até a madrugada deste sábado (10).

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Segundo o diretor do HT, o médico Geci Labres, um dos motivos para a lotação foi o aumento da mobilidade urbana. “O aumento da mobilidade urbana faz com que os acidentes possam acontecer. Nós do Hospital do Trabalhador recebemos muitas vítimas de acidentes de moto. E esse foi o motivo da sobrecarga. Não sei se foi exatamente o mesmo nos outros prontos-socorros. Os pacientes que nós recebemos eram vítimas de acidente automobilístico”, disse Labres neste sábado, em entrevista para o jornal Meio Dia Paraná, da RPC.

Ainda de acordo com o diretor, o HT seguia lotado na manhã deste sábado. “Nossos pacientes que chegaram ao hospital de ambulância eram graves, alguns inclusive estão aguardando cirurgia e ainda deveremos, ao longo do dia, estar com dificuldade de receber novas ambulâncias. Estamos com prognóstico positivo [em relação à pandemia], mas devemos evitar outras causas de ter que procurar hospital. Por exemplo, evitando acidente doméstico e acidente automobilístico”, orientou o diretor.

O Hospital Cajuru, em nota, informou ao Meio Dia Paraná que houve uma alta na demanda de traumas e casos clínicos no pronto-socorro na noite de sexta-feira e madrugada de sábado. Por isso o hospital acabou solicitando à regulação de Curitiba para organizar os encaminhamentos. Na manhã deste sábado a situação no Cajuru estava normalizada.

Também em nota, o Evangélico informou que chegou a ficar com atendimento restrito, no sistema vaga zero, das 21h30 de sexta-feira até as 3h do sábado.

Menos restrições

Quinta-feira (8) passou a vigorar a bandeira amarela em Curitiba, que flexibiliza as restrições preventivas da pandemia, com a reabertura de bares, teatros e cinemas com limitação de público. Mesmo com a flexibilização, a secretária municipal de Saúde, Márci aHuçulak, foi enfática em dizer que todas as medidas sanitárias individuais devem ser mantidas, como uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos.

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O decreto da bandeira amarela tem vigência até dia 21 de julho, mas pode ser alterado antes se o quadro da pandemia piorar. “A pandemia não acabou. Tenho muito receio da bandeira amarela, porque a sensação é de que está tudo liberado. Não é vida normal. O que vai nos permitir flexibilizar são as medidas e o trabalho de toda a sociedade. Uso de máscaras, manter os ambientes ventilados, uso de álcool em gel”, ponderou Huçulak.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]