Mensagem do motorista ao passageiro ao negar corrida para ato na Boca Maldita, Centro de Curitiba.| Foto: Reprodução Twitter

Uma corrida de Uber cancelada em Curitiba no último domingo (30), dia das manifestações a favor do ministro da Justiça Sérgio Moro, é motivo de polêmica nas redes sociais. Até um dos filhos do presidente  Jair Bolsonaro (PSL), o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, se envolveu na polêmica.

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Um motorista de aplicativo teria cancelado uma corrida e enviado uma mensagem de texto ao passageiro dizendo que não levaria “Bolsominion” após passar pelo cliente que vestia camiseta verde-amarela.

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A sequência de mensagens, segundo a reclamação do passageiro, indicaria que o motorista viu que ele seria alguém a caminho das manifestações que ocorreram na Boca Maldita, no Centro de Curitiba, naquele domingo.

Revoltado, o passageiro fez um print da tela do celular com a mensagem e a imagem acabou publicada em uma das páginas de Facebook a favor da operaçao Lava Jato. Carlos Bolsonaro recebeu a informação como uma forma de denúncia e a publicou em seu Tweeter, na manhã de terça-feira (2), cobrando uma reposta da Uber do Brasil sobre o assunto.

A atitude do filho do presidente foi suficiente para que chovessem comentários a respeito do comportamento do motorista de aplicativo, a favor e contra. Carlos não escondeu o nome do motorista e nem a placa do carro. “Não levo Bolsominion, abraço”, diz a mensagem do motorista ao passageiro que teve a corrida cancelada.

Na terça-feira, Carlos Bolsonaro postou no Twitter: “Diante do exposto solicito à @Uber_Brasil que tome providências pois um motorista com esta postura pode oferecer riscos à empresa e aos usuários da mesma. Acabo de receber esta denúncia e gostaria, se possível de algum retorno caso seja interesse da credibilidade da uber.”

Até a manhã desta sexta-feira (5), a postagem do filho do presidente apresentava 4,9 mil retweets e 34,2 mil curtidas. Entre as repostas dos tweeteiros de plantão, há quem concorda com o filho do presidente e quem toma o lado do motorista.

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A reportagem da Tribuna do Paraná entrou em contato com a Uber do Brasil, mas não obteve resposta sobre o que pode acontecer com o motorista até o fechamento desta matéria. O grupo de advogados do motorista citado por Carlos Bolsonaro também foi contatado. Assim como a Uber, eles também não deram resposta.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]