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A Polícia Militar (PM) confirmou que a viatura que se envolveu em um atropelamento na canaleta dos ônibus na manhã desta sexta-feira (24), no bairro Capão Raso, em Curitiba, estava com a sirene (aviso sonoro) desligada. Segundo a PM, apenas o giroflex estava funcionando no momento do acidente e o veículo seguia em velocidade compatível com a via. A vítima atropelada é uma mulher de 36 anos, que teve ferimentos moderados. Os dois policiais que estavam na viatura não se feriram.

Conforme explicou o capitão Luciano Rasera, comandante do 13.° Batalhão da PM, um inquérito – com prazo de 40 dias para ser concluído – ainda deve apurar as causas do acidente. Em entrevista coletiva, Rasera disse que conversou com os policiais e eles próprios confirmaram que apenas o giroflex estava ligado. Segundo a PM, a norma para circular pela canaleta é estar com os sinais de emergência ligados: luzes e sonoros. Também há recomendação para todos os policiais respeitarem as leis de trânsito e a velocidade permitida. “É de praxe para nós, quando há deslocamento pela canaleta, andarmos pelo menos com os sinais luminosos ligados. Eventualmente, o sinal sonoro não é acionado porque pode atrapalhar a escuta do rádio. Então, nem sempre estamos com os sonoros ligados”, disse Rasera, explicando que a canaleta costuma ser utilizada pela PM para patrulhamento e, por vezes, para deslocamento em horário de pico de trânsito.

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Os policiais se deslocavam para uma troca de turno com outra equipe que fazia o isolamento de um local de crime. “Eles também disseram que estavam em velocidade compatível com a via. Isso vai ser apurado através de um inquérito técnico, que inclui a busca por imagens de câmeras na redondeza”, informou o comandante.

Testemunhas do acidente dizem que não ouviram a sirene da viatura e nem teriam visto o giroflex ligado. “Eu escutei a pancada e, quando olhei, vi que o giroflex estava desligado. Tinha apenas aquela luz vermelha fixa piscando”, afirmou uma das testemunhas. “A viatura parecia estar em alta velocidade porque só parou cerca de 100 metros à frente do ponto do acidente”.

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Sobre o possível excesso de velocidade da viatura, a PM informou que esse ponto ainda não havia sido levantado até o questionamento da Gazeta do Povo. “Esse ponto da velocidade não me havia sido levantado por ninguém. Não consta para nós que a velocidade estaria acima do limite. Mas vamos apurar no inquérito. A viatura tem sistema de detecção, que se estiver em pleno funcionamento, pode indicar a velocidade em que ela seguia”, afirmou Rasera.

Linha Verde

O acidente desta sexta é o segundo atropelamento envolvendo uma viatura da PM em menos de 30 dias. No fim de julho, quatro mulheres morreram atropeladas na Linha Verde, nas proximidades do viaduto da Avenida das Torres. As vítimas estavam em um ponto de ônibus quando o carro oficial que seguia pela canaleta perdeu o controle ao desviar de um pedestre. O veículo saltou sobre o canteiro, bateu no ponto de ônibus e ainda atingiu outros dois veículos que seguiam no sentido Fazenda Rio Grande da via.

Em depoimento, os policiais envolvidos disseram que estavam atendendo a uma ocorrência e que, por isso, circulavam pela canaleta da Linha Verde. Alguns dias depois, no entanto, o delegado Vinicius Augustus de Carvalho, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), que investigava o caso, informou que a PM não estava atendendo nenhuma ocorrência no momento da colisão, desmentindo o depoimento inicial.

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