| Foto: Lineu Filho/Gazeta do Povo/Arquivo

Após quase 30 anos sem sair do papel, a obra de engorda da orla de Matinhos, no Litoral do Paraná, teve mais um projeto autorizado nesta sexta-feira (26). Com a obra, o governo do Paraná planeja repor 1,7 milhão de metros cúbicos de areia da praia, por meio do projeto que deve ser licitado até o segundo semestre deste ano.

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As obras de revitalização devem ser feitas para evitar a erosão marítima - além de recuperar os estragos causados pela grande ressaca registrada há quase dez anos. O projeto abrangerá cerca de três quilômetros da orla, entre a Avenida Augusto Blitskow e a Rua Francisco Brener. Para isso, o gasto previsto pelo governo é de R$ 300 milhões.

Outras melhorias são a colocação de barreira artificial no prolongamento da Avenida Paraná, para isolar as águas de chuva, e a implantação de uma estrutura headland na Rua Francisco Brener, com a função de reter a areia na praia por mais tempo.

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Além da engorda da praia, a gestão promete a revitalização da infraestrutura urbana da praia. Isso inclui a duplicação da avenida Juscelino Kubitschek, conhecida como Contorno de Matinhos, ao longo de 2,4 quilômetros. Para o trecho da avenida, o gasto será de R$ 32 milhões.

O prazo do governo estadual para lançar a licitação das obras é até o segundo semestre de 2018. Até lá será feita uma adequação do projeto inicial das modificações, que foi elaborado em 2013.

Novela

A demanda da engorda da praia de Matinhos é antiga - data de cerca de 30 anos atrás. A ideia começou a sair do papel em 2009, quando uma verba de R$16 milhões foi liberada com esse propósito. Um projeto foi elaborado e, após ser aprovado em audiência pública, em junho de 2010, o projeto aguardou a licença ambiental, concedida no mesmo mês pelo Instituto Ambien­tal do Paraná (IAP).

O próximo passo seria a abertura do processo de licitação para a escolha da empresa responsável pelas obras. A previsão para o começo dos trabalhos era novembro de 2010 e a conclusão estava programada para 2012, mas o ano passou sem que o processo licitatório tivesse sido realizado. Desde então, a população aguarda novidades sobre a engorda em meio a medidas paliativas de revitalização.