PRF acompanha a movimentação dos caminhoneiros em São José dos Pinhais.| Foto: PRF

Caminhoneiros autônomos da região de Curitiba fazem protesto em defesa da tabela do frete nesta quarta-feira (4) às margens da BR-116 em Quatro Barras, na Região Metropolitana. O ato é acompanhado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) para evitar que os manifestantes bloqueiem a rodovia.

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Para o Sindicato dos Transportadores Autônomos de São José dos Pinhais (Sinditac), que organiza o ato, a presença dos policiais "coage" manifestantes a pararem caminhoneiros que passam pela BR para engrossar o movimento. A PRF contesta.

Segundo a corporação, as equipes foram deslocadas para impedir interdições no tráfego que causem acidentes. O acesso ao pátio do posto de combustíveis onde os manifestantes estão concentrados está liberado, com caminhões entrando e saindo normalmente.

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Embora sem adesão em massa, a manifestação deve continuar ao longo da semana. Nesta terça-feira (3) o próprio Sinditac admitiu que não espera inicialmente que o ato traga impactos para a população.

Em maio de 2018, a greve nacional dos caminhoneiros parou o Brasil. Em Curitiba, a população sofreu com filas nos postos de combustíveis, falta de alguns alimentos nos supermercados além do risco de a frota de ônibus do transporte público parar. Além disso, feiras da cidade foram canceladas por falta de produtos e, como medida extrema, o prefeito Rafael Grega (DEM) chegou a pedir à PRF que escoltasse caminhões-tanque para abastecer os ônibus .

Na região de Curitiba, o protesto em Quatro Barras é, por enquanto, o único ponto de manifestação da categoria. Por volta das 9h30, cerca de 30 profissionais estavam no pátio de um posto de combustíveis, onde começaram a se concentrar já na última segunda (2).

Pauta

O protesto desta quarta-feira vinha sendo organizado a nível nacional há semanas com o objetivo maior de pressionar a liberação do piso mínimo para o frete rodoviário. Considerada a principal conquista dos caminhoneiros depois do movimento que parou o país em 2018, a tabela foi suspensa no fim de julho até que caminhoneiros, transportadores e os principais contratantes do frete, como indústria e agronegócio, chegassem a um consenso sobre qual seria esse piso mínimo.

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Não por menos, a data escolhida para o início da paralisação foi justamente a mesma em que o Supremo Tribunal Federal (STF) tinha marcado para começar a apreciação sobre a constitucionalidade da tabela. O julgamento, contudo, foi adiado pela Corte no último dia 29 de agosto a pedido do governo, que disse estar buscando uma solução alternativa ao tabelamento.

A promessa do governo, inclusive, foi o que gerou o racha no movimento. Boa parte dos profissionais se recusou a aderir à paralisação porque pretende esperar a resposta que vem sendo estudada.