• Carregando...
Água cristalina e quase sem correnteza do Rio do Nunes é ideal para dar um “tchibum “ e aliviar o calor. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Água cristalina e quase sem correnteza do Rio do Nunes é ideal para dar um “tchibum “ e aliviar o calor.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Pergunte a qualquer morador de Antonina e região qual é a melhor maneira de aliviar o calorão de 40°C que costuma fazer na cidade nessa época do ano. A resposta é sempre a mesma: “vai pro Rio do Nunes!” O local, uma espécie de recanto natural localizado a 16 km do centro de Antonina, é muito utilizado pelas famílias da região e visitantes como área de lazer, seja para dar um simples mergulho ou para fazer um churrasquinho nas margens com os amigos.

A formação pedregosa do leito, as margens com bastante vegetação e a água fria que lembra muito uma piscina natural fazem do Rio do Nunes um oásis em meio ao sol de rachar mamona que costuma fazer no Litoral do Paraná. Com uma profundidade que chega a no máximo 3 metros naquele trecho, o rio é local ideal para ir com crianças, sob supervisão e adultos, obviamente. “No fim de semana, as barracas ficam lotadas. É mais perto do que ir para a praia, então o pessoal vem para cá”, justifica o policial militar aposentado Sérgio Salles, que frequenta o Rio do Nunes.

Leia mais: Apenas um dos 49 pontos monitorados no Litoral do PR está impróprio para banho

“A água do rio é refrescante, é muito gostosa”, diz a dona de casa Susan Salles, que aproveitou um dia de semana para ir com a família até o ponto turístico. “Tem muita gente também que aproveita as férias de fim de ano para vir para cá”, comenta a também dona de casa Luciana da Costa. Se não for no Nunes ou no Rio Cacatu, que também fica na região, o jeito é ficar em casa porque ninguém aguenta as altas temperaturas e o clima abafado.

Falta infraestrutura

Ao longo desse trecho do Rio do Nunes não há muita infraestrutura para receber os visitantes. Localizado às margens da PR-340, o acesso para o recanto não é asfaltado e há apenas uma estrutura com mesas e bancos acomodar algumas dezenas de pessoas. E não há muito espaço para estacionar o carro. Tem algumas poucas lojas e lanchonetes no entorno.

Mas isso não parece preocupar os frequentadores, que se espalham ao longo das margens do rio aproveitando o clima ameno que faz sob as árvores e com a água gelada que desce da Serra do Mar. Nem a insistência dos mosquitos parece incomodar. No final de semana, o pessoal reúne os amigos para um churrasquinho e descer o rio de caiaque ou boia, diz Natanael Pereira, que atualmente está desempregado.

“A água, por vir direto da serra, é mais gelada. É muito boa”, argumenta o vigilante Samuel da Silva, após acabar de dar um mergulho no rio. Segundo ele, esta é a melhor forma de aguentar o calor de Antonina. “Às 3h da tarde não dá para andar na rua. É terrível!”, acrescenta Natanael.

Já a comerciante Helen Kruger da Silva, dona de uma mercearia às margens do recanto do Rio do Nunes, espia com um pouco de inveja o pessoal se divertindo na água quase sem correnteza do rio. “No verão, o pessoal vem todo para cá. Eu chego às 6h30 e já tem gente aqui”, conta. O calorão que faz dentro da mercearia é ainda pior para quem tem pressão baixa, como a Helen. “Eu tenho que ficar comendo azeitona, por causa do sal, para não passar mal”, revela. Quem dera poder largar o trabalho e, como todo mundo por ali, dar um mergulho no Rio do Nunes.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]