Azul fez duas propostas por ativos da Avianca.| Foto: Divulgação

Na tarde desta quinta-feira (18), o presidente da Azul, John Rodgerson, disse que a oferta feita pela Avianca, em março deste ano, não é mais válida, já que os credores da companhia aprovaram outro plano de recuperação judicial. A declaração, segundo sua assessoria de imprensa, foi dada em um evento no Palácio Bandeirantes, em São Paulo, onde ele anunciava novas rotas da companhia no estado.

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Também segundo assessoria de imprensa, Rodgerson reforçou que os concorrentes da Azul querem ter exclusividade na operação de voos da ponte aérea Rio-São Paulo, excluindo a empresa da competição.

Embora Rodgerson não tenha dito com todas as letras, espera-se que, com esse posicionamento, a Azul não participe do leilão da Avianca nos próximos meses.

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A proposta feita pela companhia era de US$ 105 milhões (R$ 406 milhões) para a aquisição de um conjunto de ativos da Avianca Brasil: o certificado de operador aéreo (COA) da Avianca Brasil, 70 pares de slots e cerca de 30 aeronaves Airbus A320.

Uma verdadeira batalha está sendo travada nos céus brasileiros: em jogo, estão os 11,6% de participação da Avianca Brasil, que se encontra em recuperação judicial desde dezembro, no mercado doméstico de passageiros, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A apresentação de um plano de recuperação que dividiu a empresa em sete Unidades Produtivas Isoladas (UPIs), com acordos já fechados com Gol e Latam, ocorreu no início deste mês.

Com exceção de uma das UPIs, que terá o plano de fidelidade da companhia como objeto, cada uma das outras seis unidades terá um grupo de horários de pousos e decolagens (os chamados slots) nos aeroportos de Congonhas (SP), Guarulhos e Santos Dumont (Rio), atualmente operados pela Avianca. Elas herdarão parte dos atuais funcionários e poderão usar o nome "Avianca Brasil" sem custo por até 180 dias.

Há alguns dias, o jornal Valor Econômico contou que, nos bastidores, a Azul foi "convidada" a aceitar um compromisso para participar do leilão do plano de recuperação apresentado pela gestora Elliot, a maior credora da Avianca. Como já havia feito uma oferta bastante ampla em março, além de já ter emprestado mais de R$ 50 milhões à Avianca, a companhia recusou o acordo. Foi aí que entraram Latam e Gol, com acordo para adquirir uma UPI, no valor mínimo de US$ 70 milhões, cada uma, além de outros milhões de dólares em empréstimos a serem descontados do valor a ser pago no leilão.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]