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A Cisco Systems do Brasil confirmou nesta segunda-feira (22) que o presidente da empresa no país, Pedro Ripper, voltou a trabalhar normalmente.

Ele, a gerente Daniela Ruiz e o diretor Marcos Sena, que fazem parte do grupo de 40 pessoas detidas durante a Operação Persona, da Polícia Federal, foram liberados neste domingo pela Justiça Federal e já reassumiram seus cargos na companhia.

"Acusação formal"

No domingo, a empresa divulgou comunicado ressaltando que "nenhuma acusação formal foi feita contra eles até o momento e a empresa está mantendo seus esforços em auxiliá-los".

Embora não haja acusação formal, o que tecnicamente só ocorre quando há denúncia por parte do Ministério Público, todos os 40 presos pela PF foram indiciados na semana passada, ou seja, sofrerão oficialmente investigação policial.

Persona

A Operação Persona investiga um suposto esquema de sonegação de impostos na filial brasileira da multinacional norte-americana de tecnologia Cisco Systems. Na operação, deflagrada na terça-feira (16), foram apreendidos US$ 290 mil e R$ 240 mil em dinheiro, cerca de US$ 10 milhões em mercadorias, um avião e 18 veículos.

Os suspeitos de comandar o esquema bilionário de sonegação de impostos vão responder por formação de quadrilha, uso de documentos falsos, descaminho ou sonegação fiscal, e corrupção passiva e ativa.

Segundo estimativa da Receita, o prejuízo causado em perda de arrecadação está ao redor de R$ 1,5 bilhão, incluindo multa e juros. O cálculo é feito em cima dos equipamentos de tecnologia importados de maneira irregular, que somam cerca de US$ 500 milhões, nos últimos cinco anos.

Alguns depósitos, onde foram encontradas notas fiscais falsas e valores alterados, chegaram a ser lacrados, segundo a PF. Pelo menos outras 30 empresas de fachada fariam parte do esquema.

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